5 de dezembro de 2025 Doar
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Santo Cálice deixa catedral de Valência e visita lugares ligados a sua história na Espanha

Santo Cálice custodiado na catedral de Valência, Espanha. | A. Sáiz / Arquidiocese de Valência

O Santo Cálice, custodiado na catedral de Valência desde o século XV, sai esta semana visitar dois lugares ligados à sua história na Espanha.

A relíquia foi hoje (15) para o mosteiro de San Juan de la Peña, onde ficou escondida por cerca de três séculos. Depois, vai à catedral de Jaca, para o 75º aniversário da Real Irmandade de San Juan de la Peña.

Depois de missa solene, os fiéis puderam venerar o Santo Cálice antes de seu traslado para a catedral de Jaca à tarde.

Amanhã (16), uma Eucaristia será celebrada no início da manhã, seguida de uma Hora Santa antes que vários grupos diocesanos e paroquiais tenham tempo de venerar o Santo Cálice.

Depois da missa solene da tarde, o Santo Cálice será levado em procissão do altar principal até o átrio da catedral, antes de voltar a Valência.

O padre Álvaro Almenar, cônego guardião do Santo Cálice, disse que esse é “um acontecimento muito importante, excepcional e de fraternidade”.

Para o padre, "sempre que estamos perto do Santo Cálice, estamos vendo com nossos próprios olhos o que Jesus veria”.

“Portanto, ao contemplá-lo, somos convidados a ter os mesmos sentimentos de Cristo", diz também o sacerdote.

Dada a importância da relíquia, "existe todo um protocolo que permitirá que as pessoas vejam e estejam perto do Santo Cálice, mas também — como é natural — garantir sua segurança, dada a singularidade da peça", disse o padre Almenar.

Na catedral de Valência desde 1437

Devido à sua natureza excepcional, o Santo Cálice raramente é retirado de seu local de guarda na catedral de Valência desde 1437. Ele só é usado publicamente anualmente em outubro, por ocasião da festa do Santo Cálice, e toda Quinta-feira Santa, quando é colocado no altar principal.

No passado, e devido à sua ligação histórica, o Santo Cálice foi levado a San Juan de la Peña em 1954 e 1994. Ele também foi levado à cidade valenciana de Carlet em 2016, pois lá foi o lugar onde a relíquia foi escondida na Guerra Civil Espanhola, entre 1937 e 1938, por ocasião do Ano Eucarístico do Jubileu do Cálice da Misericórdia.

A catedral de Valência celebra um Ano Jubilar a cada cinco anos desde que o papa Francisco autorizou isso, em 2014, tornando Valência um dos poucos lugares no mundo que tem um jubileu perpétuo reconhecido.

Este ano, o jubileu ordinário dedicado à esperança começará em outubro e, assim que for concluído o jubileu ordinário dedicado à esperança, começarão em Valência as visitas jubilares relacionadas ao Santo Cálice.

Como o Santo Cálice chegou à Espanha

O Santo Cálice usado pelo Senhor na Última Ceia chegou à Espanha por meio de são Lourenço, diácono do papa são Sisto II, 24º sucessor de são Pedro, que foi decapitado em 258 d.C.

O santo enviou o Santo Cálice para sua cidade natal, Loreto, perto de Huesca. Devido à invasão muçulmana no século VIII, ele foi deslocado de um lugar para outro até que, em meados do século XI, chegou a Jaca, onde o bispo Acisclo o doou ao mosteiro de San Juan de la Peña, onde ficou por cerca de três séculos.

Martinho I, “o Humano”, rei de Aragão, Valência, Maiorca, Sardenha e conde de Barcelona (1396-1410) quis ter a relíquia consigo, primeiro em Zaragoza e depois em Barcelona.

Afonso V de Aragão, que adicionou as regiões italianas de Sicília e Nápoles aos reinos de seu ancestral, doou o Santo Cálice à catedral de Valência em 1437.

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