Jul 11, 2025 / 10:17 am
“A esperança é, em todas as idades, perene fonte de alegria”, disse o papa Leão XIV em mensagem aos idosos por ocasião do Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, divulgada ontem (10) pela Sala de Imprensa da Santa Sé.
Leão XIV mencionou personagens bíblicas idosas, como Abraão e Sara, Moisés e Zacarias, a quem o Senhor "inclui nos Seus desígnios de salvação”.
"Deus mostra várias vezes a sua providência dirigindo-se a pessoas idosas", disse o papa. “Deus nos ensina que, aos seus olhos, a velhice é um tempo de bênção e graça e que, para Ele, os idosos são as primeiras testemunhas da esperança”.
História não se esgota no presente
Ele então destacou que o fato de o número de idosos estar aumentando "torna-se, para nós, um sinal dos tempos que somos chamados a discernir, para ler bem a história que vivemos".
Assim, Leão XIV disse que “abraçar um idoso ajuda-nos a entender que a história não se esgota no presente, nem em encontros rápidos e relações fragmentárias, mas se desenrola rumo ao futuro”.
O papa também enfatizou que “a fragilidade dos idosos precisa do vigor dos jovens”, embora seja “igualmente verdade que a inexperiência dos jovens precisa do testemunho dos idosos para projetar o futuro com sabedoria”.
“Quantas vezes os nossos avós foram para nós um exemplo de fé e devoção, de virtudes cívicas e compromisso social, de memória e perseverança nas provações”, disse ele. “A nossa gratidão e coerência nunca serão suficientes para agradecer este bonito legado que nos foi deixado com tanta esperança e amor”.
No contexto do Ano Jubilar, Leão XIV exortou os fiéis a “derrubar os muros da indiferença na qual os idosos estão frequentemente encerrados” e a se doarem para evitar sua solidão e abandono.
“Em todas as partes do mundo, as nossas sociedades estão a habituar-se, com demasiada frequência, a deixar que uma parte tão importante e rica do seu tecido social seja marginalizada e esquecida”, lamentou o papa.
Gratidão e cuidado
Segundo Leão XIV, cada paróquia, associação ou grupo eclesial é chamado a ser "protagonista da revolução da gratidão e do cuidado". Isso deve ser feito "através de visitas frequentes aos idosos, criando para eles e com eles redes de apoio e oração, tecendo relações que possam dar esperança e dignidade àqueles que se sentem esquecidos".
“A esperança cristã impele-nos continuamente a ousar mais, a pensar em grande, a não nos contentarmos com o status quo”, disse Leão XIV. “Nesse caso específico, a trabalhar por uma mudança que devolva aos idosos a estima e o afeto”.
O Dia dos Avós e do Idoso foi instituído pelo papa Francisco e será celebrado neste ano em 27 de julho.
Segundo Leão XIV, o papa Francisco queria que os fiéis, e especialmente os jovens, se aproximassem dos que estão sozinhos nesse dia. “Pela mesma razão, que aqueles que não puderem vir a Roma neste ano em peregrinação podem «obter a Indulgência jubilar se visitarem por um côngruo período idosos em solidão […] quase fazendo uma peregrinação em direção a Cristo presente neles»".
Liberdade de amar e rezar
Falando aos avós e aos idosos, o papa Leão XIV os encorajou a não perder a esperança, mesmo nos momentos em que desejam olhar para trás, “em vez de olhar para o futuro”.
"Temos uma liberdade que nenhuma dificuldade pode tirar-nos: a de amar e rezar”, disse o papa. “Todos, podemos amar e rezar, sempre".
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Ele falou sobre as palavras do papa Francisco em sua última internação hospitalar, no início deste ano: "O nosso físico está fraco, mas, mesmo assim, nada nos impede de amar, de rezar, de nos doarmos, de sermos uns para os outros, na fé, sinais luminosos de esperança".
Leão XIV disse também que “o bem que desejamos às pessoas que nos são caras – ao cônjuge com quem compartilhamos grande parte da vida, aos filhos, aos netos que alegram os nossos dias – não desaparece quando as forças se esvaem”.
"Pelo contrário, muitas vezes é justamente o carinho deles que desperta as nossas energias, trazendo-nos esperança e conforto", disse também o papa.
"Por isso, sobretudo na velhice, perseveremos confiantes no Senhor”, disse ele. “Deixemo-nos renovar todos os dias, na oração e na Santa Missa, pelo encontro com Ele".
“Transmitamos com amor a fé que vivemos na família e nos encontros cotidianos por tantos anos”, concluiu Leão XIV. “Louvemos sempre a Deus pela sua benevolência, cultivemos a unidade com as pessoas que nos são caras, abramos o nosso coração aos que estão mais longe e, em particular, aos necessitados. Assim, seremos sinais de esperança, em todas as idades”.
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