5 de dezembro de 2025 Doar
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Textos anticatólicos são encontrados em 13 documentos do FBI do governo Biden, diz comitê do Senado dos EUA

Edifício J. Edgar Hoover, sede do FBI em Washington, D.C., EUA. | Tony Webster, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons

Um relatório do Comitê Judiciário do Senado dos EUA (link em inglês) diz que o memorando anticatólico do escritório de campo de Richmond, no Estado da Virgínia, EUA, feito em 2023, envolveu coordenação com escritórios de campo em todo o país e que linguagem depreciativa semelhante sobre certos fiéis foi encontrada em pelo menos 13 documentos separados.

Em fevereiro de 2023, o FBI retirou um memorando do escritório de campo de Richmond, que detalhava uma investigação sobre os chamados católicos " tradicionalistas radicais" depois que o documento interno vazou para o público e gerou forte resistência.

O memorando pedia que o FBI desenvolvesse fontes dentro das paróquias que celebram missa tradicional em latim e comunidades católicas online com o objetivo de "mitigar ameaças". Baseando-se quase inteiramente em designações da ONG esquerdista Southern Poverty Law Center (SPLC), o memorando expressava preocupações sobre uma possível ligação entre católicos "radicais-tradicionalistas" e extremismo violento com motivação racial.

Embora o FBI tenha removido o documento de seus sistemas e dito que o problema estava isolado num produto de um escritório de campo, o novo relatório descobriu que vários escritórios de campo estavam envolvidos na produção do memorando e que ele foi distribuído para cerca de mil funcionários do FBI em todo os EUA.

O relatório revela que analistas do escritório de campo de Richmond consultaram os escritórios em Louisville, Kentucky; Portland, Oregon e Milwaukee para coletar informações sobre católicos “tradicionalistas radicais” em preparação para o relatório do escritório de Richmond.

Conversas com o escritório de Louisville teriam ajudado os analistas de Richmond a concluir que as crenças do "catolicismo radical-tradicional" são "comparáveis ​​à teologia islâmica". Sabe-se menos sobre o que foi discutido com os escritórios de campo de Portland e Milwaukee, mas o relatório diz que os analistas de Richmond tiveram conversas telefônicas com eles sobre o assunto.

Depois que o escritório de campo de Richmond produziu o memorando, o relatório descobriu que ele foi enviado a outros escritórios de campo em todo o país.

O relatório cita uma troca de e-mails do escritório de Richmond para o escritório em Buffalo, Nova York, que diz que dois grupos católicos “tradicionalistas radicais” estão na área de responsabilidade de Buffalo.

Alguns agentes do FBI nos escritórios de Milwaukee e Phoenix estavam preocupados com o memorando, segundo trocas de e-mails. O relatório diz, no entanto, que não está claro se as preocupações foram enviadas ao escritório de Richmond.

Um funcionário perguntou: "Alguém está realmente pedindo um produto como esse?", reclamando que "aparentemente estamos a mando da SPLC". Outro respondeu: "Sim, nossa dependência excessiva das designações de ódio da SPLC é... problemática".

Segundo a reportagem, o escritório de Richmond do FBI produziu um rascunho de um segundo memorando sobre o mesmo assunto, que deveria ser distribuído a todo o FBI. Ele foi arquivado depois da reação negativa ao memorando vazado inicialmente.

O rascunho continha afirmações semelhantes sobre uma ligação entre católicos "tradicionalistas radicais" e extremismo violento com motivação racial, e pedia o desenvolvimento de fontes dentro das paróquias que celebram a missa em latim e em comunidades católicas online. O rascunho, que estava sendo redigido em 2023, dizia que a ameaça de violência provavelmente aumentaria no ciclo eleitoral nos EUA.

Embora o segundo rascunho expressasse preocupações semelhantes, uma diferença notável é que ele não fazia referência ao SPLC.

O relatório também revelou um e-mail interno do FBI, que reconheceu que a frase “católico tradicionalista radical” apareceu em 13 documentos separados do FBI e cinco anexos em toda a agência.

Chuck Grassley, presidente do Comitê Judiciário do Senado dos EUA, está pedindo que Kash Patel, o novo diretor do FBI no governo do presidente Donald Trump, dê ao comitê esses documentos e quaisquer outros documentos que "pretendam vincular grupos religiosos ao extremismo violento com base no SPLC e outras fontes tendenciosas".

O relatório também critica Christopher Wray, ex-diretor do FBI, acusando-o de "testemunho enganoso sobre o escopo da distribuição do memorando" quando ele classificou o memorando como "um único produto de um único escritório de campo".

“Eu e outros membros já havíamos expressado preocupação quanto à possibilidade de a produção do memorando ter sido isolada em Richmond ou parte de um problema maior. Testemunhos dizendo que o memorando era obra de um único escritório de campo foram, na melhor das hipóteses, enganosos e parecem fazer parte de um padrão de fraude intencional”, escreveu Grassley.

Grassley diz também que e-mails internos demonstram que a liderança do FBI estava ciente de que o escopo do problema se estendia além do escritório de Richmond e acusa a agência sob a liderança de Wray de "[obstruir] a investigação ao não dar essas respostas por muitos meses".

Ele disse a Patel que está "determinado a chegar ao fundo do memorando de Richmond e do desprezo do FBI pela supervisão na última administração".

“Espero continuar trabalhando com vocês para restaurar a excelência do FBI e provar mais uma vez que a justiça pode e deve ser administrada de forma justa e uniforme, independentemente de sermos democratas ou republicanos, crentes ou não”, disse Grassley.

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