5 de dezembro de 2025 Doar
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Em assembleia do Celam, CNBB critica pastoral focada nos sacramentos e doutrina na Igreja do Brasil

O bispo-auxiliar de Brasília, dom Ricardo Hoepers, secretário-geral da CNBB na 40ª Assembleia Geral Ordinária do CELAM. | Crédito: CELAM.

Um dos desafios da Igreja no Brasil é a existência da “pastoral de conservação”, centrada na doutrina e nos sacramentos, mas desconectada da realidade, criticou o bispo-auxiliar de Brasília (DF), dom Ricardo Hoepers, secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na 40ª Assembleia Geral Ordinária do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (CELAM).

Na assembleia, que começou na terça-feira (27) e termina hoje (30), os representantes das 22 conferências episcopais participantes apresentaram relatórios detalhados da realidade nacional e eclesial de seus países. Dom Ricardo também abordou outros desafios da Igreja no Brasil, como as manifestações de “devoção sem conteúdo transformador, o individualismo clerical e a polarização eclesial”.

“A pluralidade legítima...não pode ser vivida como uma ameaça”, disse ele. “A individualização da fé enfraquece a dimensão comunitária e missionária”.

Para ele, se as propostas pastorais não forem abertas ao diálogo, podem fragmentar ainda mais o tecido eclesial e aumentar a polarização.

No âmbito social, o secretário-geral falou do cenário nacional complexo marcado pela desigualdade, a violência, o tráfico de drogas e o envelhecimento da população. Também falou do risco do retrocesso democrático, dos desafios de acesso à saúde, educação e emprego digno no país.

“A maior preocupação dos bispos do Brasil é a crise futura. Enfrentamos um tempo que fragiliza a capacidade de projetar a vida com um horizonte amplo”, disse.

Diante dos desafios, dom Ricardo disse que “a busca de uma Igreja sinodal, como propõe o papa Francisco, é um forte sinal de esperança”.

Ele também destacou sinais positivos como as iniciativas de escuta, a criatividade pastoral e a presença solidária da Igreja nas periferias. Para ele, esses movimentos mostram caminhos de esperança e renovação, alinhados com o chamado do papa Francisco para o Jubileu da Esperança.

“O Jubileu nos interpela a renovar a missão e testemunhar a comunhão. A separação da desesperança passa por uma Igreja aberta ao diálogo, com valentia, para abraçar a pluralidade sem perder a fidelidade ao Evangelho”, concluiu.

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