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Como o papa Francisco moldou o Colégio dos Cardeais

Cardeais participam da quinta missa de Novendiales pela alma do papa Francisco na basílica de São Pedro, no Vaticano, em 30 de abril de 2025. | Daniel Ibáñez/EWTN

Espera-se que 133 cardeais eleitores entrem na Capela Sistina, no Vaticano, para eleger o novo papa, sucessor do papa Francisco, que evitou dar chapéus vermelhos às arquidioceses tradicionais, mas optou por dar a honra a lugares distantes, muitos dos quais nunca tiveram um cardeal antes.

Dos 133 cardeais com direito a voto neste conclave, 108 foram criados pelo papa Francisco e, portanto, participarão da eleição de um papa pela primeira vez.

Em comparação com o conclave de 2013 que elegeu o papa Francisco, várias das principais sedes normalmente chefiadas por um cardeal estará representada desta vez, como as arquidioceses de Sydney, Austrália; Viena, Áustria; Gênova, Palermo e Milão, Itália; Paris, França; Armagh, Irlanda do Norte e Cracóvia, Polônia.

A escolha do papa Francisco de cardeais de países e sedes não tradicionais mudou drasticamente o que costumavam ser representações grandes e poderosas no Colégio de Cardeais, como os cardeais da Itália.

Agora, 52 europeus entrarão na Capela Sistina, menos da metade de todo o corpo eleitoral. Desses 52, só 17 são italianos, entre eles cardeais da Cúria — os que trabalham dentro do Vaticano — e os que moram em Roma. No conclave de 2013, 28 cardeais eram de origem italiana.

O continente africano tem sete cardeais eleitores a mais do que no último conclave, com um total de 18, e a representação da Ásia aumentou de dez para 20 em 2013.

Os países representados pela primeira vez por um cardeal eleitor são Haiti, Mongólia, Mianmar, Malásia, Tonga, Cabo Verde, Timor-Leste, Suécia, Irã, Luxemburgo, Singapura, Sudão do Sul, Gana, Ruanda, El Salvador, Bangladesh, República Centro-Africana, Papua-Nova Guiné e Sérvia.

Outra mudança no Colégio de Cardeais feita pelo papa Francisco foi a decisão de ultrapassar o limite de 120 cardeais que votam estabelecido pelo papa são Paulo VI e confirmado pelo papa são João Paulo II. Esse limite foi excedido em junho de 2017, quando Francisco nomeou cinco novos cardeais, elevando o total para 121. O número total de cardeais eleitores é atualmente de 135.

Na constituição apostólica que rege uma “sede vacante”, Universi dominici gregis, diz-se que um cardeal que foi “criado e publicado em Consistório, tem por isso mesmo o direito de eleger o Pontífice” se não tiver atingido a idade de 80 anos.

Sob o papa Francisco, também houve um aumento de cardeais eleitores representando as Igrejas Católicas Orientais “sui iuris”: o cardeal Mykola Bycok (Igreja Greco-Católica Ucraniana); o cardeal George Jacob Koovakad (Igreja Siro-Malabar); o cardeal Baselios Cleemis Thottunkal (Igreja Siro-Malankar); o cardeal Berhaneyesus Demerew Souraphiel (Igreja Metropolitana Etíope “sui iuris”); e o cardeal Louis Raphaël Sako (Igreja Caldeia).

Outras áreas geográficas não viram grandes mudanças no número de cardeais que votam.

Os EUA terão dez cardeais que votam, um a menos que nos conclaves de 2005 e 2013. O Canadá terá quatro e o México terá dois representantes na Capela Sistina.

Da Europa, haverá cinco cardeais eleitores da França, quatro da Espanha, quatro de Portugal e da Polônia, três da Alemanha e do Reino Unido, dois da Suíça e um da Bélgica, da Bósnia, da Croácia, da Hungria, da Lituânia, de Luxemburgo, de Malta, da Holanda, da Sérvia e da Suécia.

Da América Central, haverá na Capela Sistina um cardeal de Cuba, um da Nicarágua, um da Guatemala e um do Haiti. Da América do Sul, haverá sete cardeais do Brasil, quatro da Argentina (foram dois cardeais em 2013 e um cardeal em 2005) e um de cada do Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai.

Entre os 18 cardeais africanos, há dois da Costa do Marfim e um da Argélia, o arcebispo de Argel, cardeal Jean-Paul Vesco, que é francês de nascimento, um de Burkina Faso, um de Cabo Verde, um da República Centro-Africana, um da República Democrática do Congo, um da Etiópia, um de Gana, um da Guiné, um do Quênia, um de Madagascar, um do Marrocos, o arcebispo de Rabat, cardeal Cristóbal López Romero, nascido na Espanha, um da Nigéria, um de Ruanda, um da África do Sul, um do Sudão do Sul e um da Tanzânia.

Há 20 cardeais asiáticos que participarão do conclave: quatro da Índia, três das Filipinas, dois do Japão e um da China, um de Timor-Leste, um da Indonésia, um da Coreia do Sul, um da Malásia, um da Mongólia, o cardeal Giorgio Marengo, italiano, um de Mianmar, um do Paquistão, um de Singapura, um do Sri Lanka e um da Tailândia.

O Oriente Médio será representado por três cardeais, um da Terra Santa, o patriarca latino de Jerusalém, cardeal Pierbattista Pizzaballa, nascido na Itália, um do Irã, o arcebispo de Teerã-Isfahan, cardeal Dominique Joseph Mathieu, nascido na Bélgica, e um do Iraque.

Da Oceania, quatro cardeais poderão votar: um da Austrália, o bispo da eparquia dos santos Pedro e Paulo de Melbourne para os católicos ucranianos na Austrália, Nova Zelândia e Oceania, cardeal Mykola Bychok, que nasceu na Ucrânia, um da Nova Zelândia, um de Papua-Nova Guiné e um de Tonga.

Marco Mancini, da ACI Stampa, agência em italiano da EWTN, contribuiu para esta reportagem.

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