14 de maio de 2024 Doar
Um serviço da EWTN News

Uma rádio permitiu que padre sequestrado por jihadistas ainda se sentisse parte da Igreja

Padre Hans Lohre foi sequestrado por jihadistas vinculados ao grupo terrorista Al-Aqeda em 20 de novembro de 2022 | ACN

Graças a uma rádio, o padre alemão Hans-Joachim Lohre, que foi mantido refém no Mali por um ano, se sentiu "parte da Igreja Universal" durante seu cativeiro, disse a Vatican News, serviço de informação da Santa Sé.

O padre Lohre foi sequestrado por jihadistas ligados ao grupo terrorista Al-Qaeda em 20 de novembro de 2022. Ele viveu por mais de 30 anos no país africano, onde deu aulas no Instituto de Treinamento Islâmico-Cristão (IFIC) e foi responsável pelo Centro de Fé e Encontro Hamdallaye.

Membro da Sociedade dos Missionários da África (Padres Brancos), ele era carinhosamente conhecido no Mali como "Ha-Jo". Foi sequestrado por homens armados, enquanto se dirigia para celebrar a solenidade de Cristo Rei. Eles o levaram para um local desconhecido.

“Não tenha medo, somos os bons. Somo da Al-Qaeda. Não somos como o Estado Islâmico [ISIS], que mata pessoas assim. Não tem o que temer conosco”, foi o que disseram ao sacerdote quando chegou ao cativeiro.

Ali começou a via sacra do padre de 66 anos, que chegou a perguntar aos terroristas se o tinham sequestrado por causa de sua fé. “Não escolhemos você por ser padre ou porque se dedica ao diálogo inter-religioso, mas porque é alemão”, responderam-lhe.

Uma pequena rádio para se sentir parte de algo maior

Tinha passado um mês de seu cativeiro quando o padre Lohre viu algo que poderia parecer insignificante para o homem do século XXI, mas que foi fundamental para ele durante aqueles longos dias.

Quando um dos guardas tinha terminado de escutar algo em uma rádio de onda curta, o padre alemão pediu o aprelho emprestado. Então, começou a mover o dial e, de repente, encontrou a frequência da Rádio Vaticano.

Já era 25 de dezembro e a emissora vaticana estava transmitindo a missa de Natal do papa Francisco da basílica de São Pedro. Isso foi um grande conforto para o padre Lohre. Ele contou que isso o ajudou a sentire cum Ecclesia, ou seja, a se sentir parte da Igreja Universal, apesar da situação difícil pela qual estava passando.

Durante seu sequestro, o padre Lohre foi impedido de celebrar a missa e receber os sacramentos. No entanto, encarou isso como uma oportunidade para "recarregar as baterias" e se aproximar de Deus. Ele contou que passou a maior parte de seu cativeiro em "profunda paz e consolo".

No meio de uma noite de novembro de 2023, ele olhou para o céu estrelado e falou com Deus: "Não é tarde demais para o seu milagre". Então, disse o padre alemão, viu uma estrela cadente passar e, naquele momento, sentiu-se convencido de que sobreviveria.

Alguns dias depois, seus sequestradores o informaram que ele partiria. Em 26 de novembro daquele ano, 371 dias após seu sequestro, e graças aos esforços do governo alemão, o padre Lohre pôde retornar em segurança ao seu país natal.

As melhores notícias católicas - direto na sua caixa de entrada

Inscreva-se para receber nosso boletim informativo gratuito ACI Digital.

Suscribirme al boletín

Nossa missão é a verdade. Junte-se a nós!

Sua doação mensal ajudará nossa equipe a continuar relatando a verdade, com justiça, integridade e fidelidade a Jesus Cristo e sua Igreja.

Doar