28 de abril de 2024 Doar
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Não posso ficar calado diante das "canções de morte" do aborto, diz arcebispo

Dom Alfredo José Espinoza Mateus, arcebispo de Quito, Equador, disse que o aborto não é um direito e que não pode ficar calado diante das "canções de morte" da Assembleia Nacional, que poderia aprovar o aborto por estupro nos próximos dias.

"Hoje em nosso país se ouvem canções de morte, e diante dessas canções de morte que vêm da Assembleia Nacional, não podemos ficar calados, nem vou ficar calado como arcebispo de Quito", disse o bispo na missa que celebrou no domingo, 23 de janeiro.

"Como cristãos, todos nós devemos defender a vida, devemos entoar canções de vida", disse.

"Rejeitamos o estupro, nunca podemos concordar com isso, mas jamais podemos justificar a morte de um inocente", disse o arcebispo.

Dom Espinoza também disse que embora "a mulher seja a dona do próprio corpo", ela não é "dona da criança que carrega dentro. Por isso, não há justificação alguma para o aborto".

O bispo lembrou que "os bispos do Equador disseram claramente que o aborto não é um direito, que a suposta lei não contempla a denúncia do estuprador, que não pode haver temporalidade e que não se pode negar a objeção de consciência".

Sobre o projeto de lei de aborto por estupro, dom Espinoza disse que querer aprová-lo é "querer que no Equador se cantem canções de morte para a alegria de um pequeno grupo que é a favor do aborto, quando Equador, creio, vocês irmãos, fazem parte de um país que defende a vida."

"Hoje devemos ser profetas da vida, denunciar que querem impor o aborto em nosso país", encorajou.

"Rezemos a Maria para que possamos crescer e caminhar na missão de Jesus, missão de vida e missão de profecia", concluiu.

Na noite de domingo, 16 de janeiro, a Comissão de Justiça da Assembleia Nacional do Equador aprovou o relatório para o segundo debate do projeto de lei de aborto por estupro, que poderá ser votado nos próximos dias.

O texto do projeto intitulado "Lei Orgânica que garante a interrupção voluntária da gravidez para meninas, adolescentes e mulheres vítimas de estupro" estabelece que mulheres menores de 18 anos poderiam fazer o aborto até 22 semanas de gravidez; para maiores de 18 anos o aborto poderia ser feito até 20 semanas de gravidez.

Entre as opções que o projeto oferece às gestantes, o texto não menciona a possibilidade de entregar o bebê para adoção.

Desde 10 de janeiro, a comissão está analisando o projeto apresentado pela Defensoria Pública por decisão da Corte Constitucional de abril de 2021, que além de descriminalizar o aborto, ordenou que a defensoria preparasse o projeto de lei em questão.

Em 13 de janeiro, os bispos do Equador pediram, em carta aberta aos membros da assembleia legislativa, "um equilíbrio adequado" entre a defesa da vida desde a concepção e o direito das mulheres vítimas de abuso sexual.

 Os bispos disseram que "o projeto de lei atual se concentra apenas no aborto como única alternativa para as mulheres vítimas de estupro e reduz o ser humano concebido a um simples produto sem quaisquer direitos humanos".

Os bispos lembraram que no Equador o aborto não é um direito e que o projeto viola o direito à objeção de consciência.

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