27 de abril de 2024 Doar
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Teresita, uma missionária de 10 anos ao estilo de Santa Teresinha do Menino Jesus, partiu para a Casa do Pai

Teresita Castillo de Diego com o documento que a certifica como missionária. | Cortesía de ArchiMadrid

Teresita Castillo de Diego tinha 10 anos, era uma menina com tumor na cabeça, mas, acima de tudo, era missionária da Igreja, oficialmente reconhecida pela sua arquidiocese de Madri. A menina morreu no domingo, 7 de março, na capital espanhola, e assim como Santa Teresinha do Menino Jesus, padroeira das missões (quem jamais abandonou o claustro), Teresita foi missionária oferecendo seus sofrimentos a Jesus dentro de um quarto de hospital.

A história se tornou conhecida a partir da visita do Pe. Ángel Camino Lamela, Vigário Episcopal da Arquidiocese de Madri, ao Hospital La Paz no dia 11 de fevereiro deste ano.

Em carta enviada a todos os fiéis do Vicariato, o padre conta que naquele dia, depois de celebrar a Missa no Hospital, os capelães do hospital propuseram que ele visitasse uma menina com uma doença grave e que tinha uma operação programada para o dia seguinte para retirar um tumor da cabeça.

"Chegamos à UTI devidamente equipados, cumprimentei os médicos e enfermeiras, e depois me levaram para o leito de Teresita, que estava ao lado de sua mãe Teresa. Uma bandagem branca envolvia toda a sua cabeça, mas seu rosto estava suficientemente descoberto para perceber um rosto verdadeiramente brilhante e excepcional", narra o sacerdote, que explicou que vinha "em nome do Sr. Cardeal Arcebispo de Madri para levar-lhe Jesus".

A menina perguntou: "Você traz Jesus para mim, certo?" E depois acrescentou: "Sabe de uma coisa? Eu amo muito Jesus". Nesse momento a mãe interveio na conversa e disse para a sua filha: "Diga a Ángel o que você quer ser".

Teresita respondeu: "Eu quero ser missionária". O Pe. Ángel ficou surpreso e comovido com a resposta. "Foi totalmente inesperadopara mim", relatou o padre.

"Tirando forças de onde não tinha, pela emoção que a resposta me produziu, eu disse a ela: 'Teresita, eu a constituo agora mesmo missionária da igreja, e de tarde vou lhe trazer o documento de credenciamento e a cruz missionária'".

Estes são os símbolos que os jovens missionários da Arquidiocese carregam quando vão a lugares remotos ou de risco, e precisam confirmar que veem da parte da Arquidiocese. O Documento leva a firma do Cardeal Arcebispo da capital de Espanha, Dom Carlos Osoro.

Pe. Ángel administrou então o Sacramento da Unção e deu-lhe a Comunhão e a bênção apostólica do Papa Francisco. "Foi um momento de oração, extremamente simples, mas profundamente sobrenatural. Juntaram-se a nós algumas enfermeiras que espontaneamente tiraram algumas fotos nossas, totalmente inesperadas para mim, e que ficarão como uma memória inesquecível. Nos despedimos enquanto ela e a mãe, ficaram ali, rezando e fazendo ação de graças".

Naquela mesma manhã, no vicariato, o padre Ángel preparou o ofício missionário "impresso em um lindo pergaminho verde". Em seguida, pegou a cruz missionária "e às cinco da tarde estava novamente ao Hospital La Paz. Os capelães estavam me esperando e fomos direto para a UTI".

"Assim que a mãe me viu", continua o testemunho do vigário, "disse em voz alta: 'Teresita! Você não vai acreditar! O Sr. Vigário está vindo com um presente para você'".

A menina pegou o documento e a cruz e pediu à mãe que a pendurasse ao lado da cama: "Põe essa cruz na cabeceira para que eu a veja bem e amanhã vou levar para a sala de cirurgia. Já sou missionária".

Teresita recebeu este presente em um momento particularmente difícil. Como conta a sua mãe, Teresa, à Infomadrid, agência de notícias da Arquidiocese de Madri, naquele momento "ela já tinha duas válvulas que haviam falhado e cada vez que uma válvula falhava e ficava obstruída causava muita dor".

Um testemunho que percorreu todo o mundo missionário

A força da fé de Teresita no momento em que a nomeou missionária marcou profundamente o Pe. Ángel Camino Lamela, mas o que aconteceu depois lhe causou grande admiração.

"O que não podia imaginar é que, através dos contatos dos pais, esse testemunho chegasse aos ouvidos do Delegado Nacional de Missões. Ele me ligou no dia seguinte e me fez a seguinte pergunta: 'Você constituiu como missionária uma menina no Hospital La Paz?' Efetivamente, lhe disse, a constituí missionária com a oração preceptiva e depois levei para ela o documento e a cruz missionária".

Em seguida, o Delegado Nacional das Missões lhe explicou que "este testemunho ficou conhecido em todo o mundo missionário da Espanha e colocaram Teresita como a nova protetora para as crianças em missão".

Teresita foi enterrada na segunda-feira, 8 de março. Pe. Ángel Camino Lamela concluiu a sua carta convidando "a rezar por Teresita e, sobretudo, a confiar-se a ela, porque estou convencido de que ela protegerá de modo especial todo o VIII Vicariato, no qual foi constituída missionária".

Teresita era filha adotiva de um casal espanhol e nasceu na Sibéria (Rússia). Sua mãe disse a Infomadrid que Teresita veio para a Espanha quando tinha três anos e desde cedo ela se distinguiu por uma forte vida espiritual. Frequentava diariamente a missa em seu colégio de Madri, presidido pelas Filhas de Santa Maria do Coração de Jesus.

Ela, assim como Santa Teresinha do Menino Jesus, Protetora das missões e cujo nome seus pais lhe deram no Batismo, jamais puderam ir a terras distantes para evangelizar, ambas participaram das missões entregando seus sofrimentos e orações a Jesus.

O cardeal Carlos Osoro, arcebispo de Madrid, compareceu ao seu funeral para apoiar a família com a sua presença e «para dizer algumas palavras de esperança que confortaram visivelmente os pais, familiares e jovens amigos de Teresita».

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