Os bispos participantes do Sínodo sobre a Família continuam os trabalhos a fim de refletir a respeito dos desafios fundamentais que afetam à instituição mais importante da sociedade e da Igreja.

Durante a coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, o Arcebispo da Filadélfia, Dom Charles Chaput, o Arcebispo da Diocese francesa de Lille, Laurent Ulrich, e o Arcebispo de Ayacucho (Peru), Dom Salvador Piñero, intervieram junto ao porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi. 

Dom Chaput explicou o seguinte:

- Os círculos menores (grupos de 20 pessoas divididos por idiomas) começaram a trabalhar na última terça-feira à tarde e continuaram durante a manhã desta quarta-feira.

- Mencionaram a respeito de alguns pontos do Instrumentum Laboris (documento de trabalho) e de como devem responder de forma realista às diversas experiências, considerando ainda que o texto poderia não demonstrar de maneira clara todas as realidades presentes no Sínodo.

- Existe uma grande preocupação dos bispos por não ferir a sensibilidade das pessoas e também a fim de que fique clara a doutrina da Igreja.

- O Arcebispo expressou que existe uma preocupação entre alguns bispos que, como ele, não conhecem o idioma italiano, porque é provável que o documento final seja redigido neste idioma e seria, além disso, uma grande contribuição ter o relatório (intervenção inicial) do Cardeal Peter Erdö em inglês.

- O tema dos homossexuais somente foi abordado por uma ou duas pessoas ontem, ainda não falaram a respeito deste tema.

- Devemos confiar na Igreja e evitar ver as coisas como uma espécie de “conspiração”, porque o Senhor indica o caminho.

- No Encontro Mundial das Famílias (celebrado na Filadélfia entre os dias 22 e 27 de outubro, com a presença do Papa), tivemos uma experiência maravilhosa com 20 mil participantes. O evento teve um grande impacto nele e no Sínodo. Muitos bispos comentaram o quanto este teve um aspecto positivo, tendo como objetivo defender a vida e a família.

Por sua parte, Dom Ulrich explicou o seguinte:

- Existem três grupos francófonos de trabalho.

- Falaram acerca dos problemas das famílias na África, os quais perturbam o anúncio da Boa Nova na sociedade africana.

- Existem diferenças culturais, mas estas permitem que cada conferência episcopal se expresse talvez de maneira distinta na pastoral, mas recordando sempre que são católicas.

- O Sínodo não coloca em jogo a doutrina da Igreja.

Dom Piñeiro, por sua parte, disse o seguinte:

- A América é um povo com muita fé. Unidos pelo amor a Jesus e em diferentes regiões invocam Maria.

- Agora, queremos insistir na beleza do chamado de Deus ao casal, a fim de que sejam esposos e pais, e como a Igreja deve acompanhar as famílias.

- Existe um ataque certeiro à instituição familiar. Existe uma linguagem dupla. Através das nossas leis, abrem as portas para o divórcio civil e para a prática do aborto e nós devemos defender a família.

- Deus pôde escolher outros caminhos, mas escolheu a família para vir ao mundo.

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- A melhor linguagem nos círculos menores é a do amor, pastores com grande preocupação pela família, para apresentar o que significa cuidar de um lar e cuidar da família.

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Papa Francisco: a família é e será sempre a “carta magna” da Igreja

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