David Arratibel, um cineasta que se confessa agnóstico, decidiu narrar a conversão de todos os integrantes de sua família através de um documentário que poderá ser visto nos cinemas da Espanha em 29 de setembro.

O filme intitulado “Converso” não só percorreu inúmeros festivais de cinema onde conseguiu o reconhecimento do público, como também foi elogiado pela crítica especializada e se fez credor de prêmios no Festival de Málaga e no Festival Internacional de Documentários Ponto de Vista de Navarra 2017.

“Toda a minha família se converteu à fé católica. A distância com ele se fazia cada dia maior, assim que me propus a fazer um filme para entender como o Espírito Santo tinha entrado em suas vidas e, de alguma forma, também na minha. É um filme de carinhos, ausências e distâncias”, expressou Arratibel através do site oficial.

Os protagonistas que narram seus testemunhos de conversão são Maria Arratibel, a irmã mais velha; Paula Tellecha, a irmã mais nova; Pilar Aramburo, mãe de David; e Raúl del Toro, seu cunhado.

Segundo foi informado, o filme nasceu após vários anos de confusão da parte de David Arratibel, que decidiu finalmente perguntar a sua família “tudo o que nunca compreendeu” e “ter todas essas conversões pendentes que tanto lhe doem”.

“Converso é uma tentativa de compreender este processo de transformação religiosa e existencial. Um exercício cheio de honestidade que tenta explorar os intrincados caminhos da fé e, ao mesmo tempo, resolver velhos conflitos familiares”, continua.

Sobre o título, indica-se que este “faz referência tanto à primeira pessoa do presente do indicativo do verbo ‘conversar’, como àquelas que abraçam uma religião diferente da que tinham”.

Por outro lado, o cineasta assegurou que, quando se conclui um filme, o espectador sempre o “torna seu” e “fará quem só ver neste filme um testemunho de fé”, entretanto, também significou para ele “uma experiência introspectiva e de cura”.

“Através da conversão, me reencontrei com minha família, inclusive com quem morreu e não sei se me espera em algum lugar para retomar as conversas que deixamos pendentes”, acrescentou.

Sua irmã Maria, por sua vez, também assegurou que ‘Converso’ não é só um filme de conversões, mas uma “história real de uma família que se ama tanto como antes, mas diria que melhor”.

“Assim, agradeço a Deus pelo filme. Além disso, acaba que é projetado, que se vê, que talvez pessoas com vazios, buscas e necessidade de algo ainda indefinido se encontram com nosso encontro”, destacou.

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