Ao meio dia do dia 15 de agosto, dia da Assunção da Virgem, tocaram os sinos de 137 dioceses (76 francesas e 61 em outros 18 países), 35 santuários e abadias, e de alguns templos ortodoxos, protestantes e anglicanos, a fim de manifestar seu apoio pelos cristãos perseguidos no Oriente Médio.

Os organizadores desta iniciativa pediram através de suas redes sociais, por meio de seu hashtag #Christian Bells, que gravassem os sinos tocando e que enviassem as imagens. Com elas elaboraram um vídeo -produzido pela Webelieve (a sociedade de produção audiovisual da comunidade cristã na França) - através da qual difundiram esta mensagem para os cristãos do Oriente: 

“Passaram 2 anos de terror. A morte não tem a última palavra. O mundo inteiro os apoia”.

Do mesmo modo, segundo o jornal francês ‘Le Figaro’, no Santuário de Lourdes se reuniram aproximadamente 30 mil fiéis. “Não me sinto na terra, mas me sinto que estou no reino dos céus. Nem sequer em sonhos imaginei que viveria algo assim”, manifestou à AFP Fatina Khalaf, uma cristã que fugiu de Mossul com seu esposo e seus três filhos no ano passado, e que esteve presente enquanto tocaram os sinos das igrejas.

Entre os lugares de outras confissões cristãs que participaram do repique de sinos estiveram o hospital Albert Schweitzer em Lambaréné (Gabão) dirigido pelos protestantes, e a Igreja Ortodoxa em Nîmes (França) que tocou a “toaca” (instrumento de madeira com o qual os ortodoxos chamam à oração).

Por outro lado, vários políticos mostraram seu apoio aos cristãos perseguidos através do Twitter utilizando o hashtag #ChristianBells.

Segundo Rádio Vaticano, o Arcebispo de Paris, Cardeal André Vingt-Trois enviou uma mensagem exortando a Dom Louis Rafael Sako, Patriarca de Babilônia dos Caldeus e a Dom Ignace Joseph III Younan. Patriarca da Igreja Católica Síria.

“Este gesto simbólico não vai resolver as diversas dificuldades das famílias expulsadas de suas terras ancestrais. Entretanto, lhes asseguro que sua lealdade encoraja a fé de muitos no Ocidente”, afirmou.