Após meses de espera, o milagre que permitiu a canonização da Beata Madre Teresa de Calcutá foi aprovado oficialmente pelo Vaticano. A data que em que a religiosa será declarada santa ainda não foi divulgada.

Os rumores sobre a canonização circulam há meses. Entretanto, o Vaticano fez o anúncio oficial em um comunicado hoje, 18 de dezembro, junto com o reconhecimento das virtudes heroicas do Padre Giuseppe Ambrosoli, dos Missionários Combonianos do Coração de Jesus, dando-lhe o título de Venerável.

Há poucos dias, Francisco se reuniu com o Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, para avançar em várias causas de canonização. Teve uma nova audiência privada em seu aniversário, ontem, 17 de dezembro.

Na reunião de ontem, o Papa aprovou o milagre atribuído a Madre Teresa, a cura inexplicável de um homem brasileiro, da Diocese de Santos (SP), que tinha abscessos cerebrais.

Embora não haja planos oficiais, o Cardeal Amato sugeriu anteriormente que o dia 4 de setembro de 2016 – considerado como um dia de Jubileu para os trabalhadores e voluntários da Misericórdia – seria a possível data de canonização, próximo de 05 de setembro, festa de Madre Teresa e aniversário da sua morte.

Em setembro, Padre Caetano Rizzi, vigário judicial da Diocese de Santos e promotor de justiça do caso do milagre, disse à ACI Digital que o Papa estava interessado em canonizar Madre Teresa durante o Ano Santo da Misericórdia, que vai de 08 de dezembro 2015 a 20 de novembro de 2016.

Na reunião de 17 de dezembro com o Cardeal Amato, Francisco também aprovou as virtudes heroicas do Padre Adolfo, do Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs, assim como do Padre Enrico Hahn.

Sua vida

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Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu em 26 de agosto de 1910, em Skopje, Macedônia. Ela era a caçula de três filhos, participou de um grupo de jovens dirigido por um sacerdote jesuíta que a fez considerar uma vocação de serviço como freira missionária.

Juntou-se às Irmãs de Loreto aos 17 anos e foi enviada para Calcutá, onde ensinou em uma escola secundária. Depois de contrair tuberculose, foi enviada para descansar em Darjeeling e estava no meio desta enfermidade quando descobriu “uma ordem” de Deus para deixar o convento e viver entre os pobres.

O Vaticano concedeu a permissão para sair das Irmãs de Loreto e viver seu novo chamado, sob a liderança do Arcebispo de Calcutá.

Madre Teresa começou a trabalhar nos bairros pobres, ensinava às crianças e assistia os doentes em seus lares. Um ano depois, alguns de seus ex-alunos se uniram a ela e, juntos, se colocaram a serviço de homens, mulheres e crianças que agonizavam nas ruas.

Em 1950, as Missionárias da Caridade nasceram como uma congregação da Arquidiocese de Calcutá. Em 1952, o governo lhes concedeu uma casa a partir da qual continuaram sua missão de servir os pobres e esquecidos de Calcutá.

A congregação cresceu rapidamente e, de uma única casa para os moribundos e muito pobres, chegou  a ter 500 casas em todo o mundo.

Madre Teresa estabeleceu abrigos para as prostitutas, mulheres maltratadas, orfanatos para crianças pobres e lares para vítimas da AIDS. Foi uma ferrenha defensora dos não nascidos.

Morreu em 5 de setembro de 1997 e foi beatificada apenas seis anos depois, por São João Paulo II, em 19 de outubro de 2003.