A agência de ajuda humanitária Christian Aid Ministries (CAM) informou que mais três dos 17 missionários protestantes e suas famílias sequestrados em outubro por uma gangue armada no Haiti foram libertados.

Os dois primeiros reféns foram libertados no dia 21 de novembro, portanto agora cinco pessoas já estão a salvo. Doze cristãos continuam sequestrados.

“Agradecemos a Deus pela libertação de mais três reféns na noite passada. Os que foram libertados estão seguros e parecem estar de bom humor. Como no relatório anterior, não podemos fornecer os nomes das pessoas liberadas, as circunstâncias da liberação ou quaisquer outros detalhes”, informou CAM em nota no dia 6 de dezembro.

O CAM explicou que por razões de segurança não pode dar detalhes sobre quem foi libertado e pediu a quem tenha mais informações que salvaguardem os dados pessoais dos afetados, como o local de origem ou a localização atual.

Na sexta-feira, 3 de dezembro, o CAM anunciou que pelos próximos três dias eles se concentrariam "em rezar e jejuar pelos reféns".

“Continue intercedendo pelos que ainda estão detidos e pelos que foram libertados. Ansiamos que todos os reféns se reencontrem com seus entes queridos. Obrigado pelo seu apoio na oração”, acrescentou a organização.

No sábado, 16 de outubro, um grupo de missionários da Christian Aid Ministries, com sede em Ohio, Estados Unidos, e suas famílias foram sequestrados quando visitavam um orfanato em Croix-des-Bouquets, um subúrbio a nordeste da capital Porto Príncipe.

“O orfanato, que foi visitado pela equipe do CAM inúmeras vezes ao longo dos anos, fica a uma hora e meia de nossa base. Nossa equipe aproveitava oportunidades como essa para visitar lares, clínicas, escolas e orfanatos haitianos que ajudamos a apoiar. Mal sabiam eles que, neste lindo dia, começariam a difícil jornada de serem reféns de uma gangue haitiana”, disse o CAM esta semana.

Desde então, os governos dos EUA, Haiti e Canadá têm trabalhado para a libertação segura de todos os reféns.

Segundo a CAM, um grupo da sociedade civil informou que 600 sequestros foram registrados no Haiti de janeiro a setembro de 2021, em comparação com 231 sequestros cometidos no mesmo período do ano passado.

No Haiti, o país mais pobre da América, não só a segurança se deteriorou nos últimos anos, mas também há tensões políticas entre o governo e a oposição, por isso, em fevereiro, os bispos católicos do país alertaram para o perigo de uma “explosão social”.

O Haiti já enfrentou vários golpes em sua história. Entre 1945 e 2019 foram 23 tentativas, 15 delas com sucesso.

O último presidente, Jovenel Moïse, foi assassinado aos 53 anos na madrugada de 7 de julho de 2021. Ele estava no poder desde fevereiro de 2017, depois que seu antecessor Michel Martelly renunciou ao cargo.

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