Veronica Giacometti é uma jovem vaticanista da agência ACI Stampa –o serviço de notícias em italiano do Grupo ACI– e apresentou há pouco em Roma seu novo livro “Anche i Papai comunicano” (Também os Papas comunicam) no qual relata como evoluíram as comunicações da Santa Sé desde o Concílio Vaticano II na década de 1960 até os dias do Pontificado do Papa Francisco.

Segundo o site oficial do Vaticano, Vatican News, participaram na apresentação além da autora, Alessandro Gisotti, subdiretor editorial do Dicastério para as Comunicações; Gianfranco Svidercoschi, escritor e “decano” dos vaticanistas italianos; e Alan Holdren, chefe do escritório da EWTN em Roma. Como moderadora esteve a diretora da agência ACI Stampa, a jornalista Angela Ambrogetti.

O livro fala da história da Sala de Imprensa do Vaticano até chegar ao papel atual da comunicação no Vaticano, explicando a reforma que busca o Santo Padre com a criação do Dicastério para as Comunicações que unificou todas as mídias vaticanas.

“Acredito que o livro seja um sinal de reconhecimento a todos os colegas que me acompanharam nos meses nos que servi como diretor da Sala Stampa. Fiz parte desta história e agora que está dedicada a (Joaquín) Navarro Valls (falecido diretor da Sala de Imprensa do Vaticano), a Sala Stampa é também a casa dos jornalistas”, disse Gisotti.

 

Entre os acontecimentos importantes da história das comunicações no Vaticano, Vatican News recorda, por exemplo, que o Papa Pio XII inaugurou a Rádio Vaticano em 1931; ou quando o Papa Bento XVI publicou em 2012 o primeiro tweet da conta @Pontifex.

Por sua parte, o veterano jornalista Gianfranco Svidercoschi comentou ao Vatican News que o livro da jovem também destaca, entre outras coisas, a estreita relação da criação da Sala Stampa por São Paulo VI e o nascimento de um novo modo de fazer a comunicação: “Uma revolução que determinou uma nova interação entre a Igreja e o jornalismo”.

“Acredito que cada um de nós experimenta esta necessidade de saber de onde vamos e para onde vamos. Além disso, a Sala Stampa para nós é um ponto de encontro e acolhida, um ponto de informação que é essencial para desenvolver nosso trabalho”, comentou Alan Holdren sobre o livro de Giacometti.

Holdren, norte-americano que vive em Roma há 10 anos, ressalta deste modo que “para um vaticanista o ponto de referência é o Papa. Tudo gira ao redor dele. Devemos entender e relatar tudo o que ele faz. Nós, vaticanistas, “temos que informar ao máximo”, afirma.

Sobre o trabalho dos “vaticanistas”, título dado aos jornalistas que se especializam na informação sobre o Vaticano, Holdren contou ao portal de notícias vaticano sua experiência: "Acho que todos nós sentimos essa necessidade de saber de onde viemos. Eu estou aqui há 10 anos, meus primeiros dias de jornalismo no Vaticano transcorreram na sala de imprensa. Passei um ano e meio lá, literalmente todos os dias da semana, para contar as notícias do Papa. Para nós, a Sala de Imprensa é um ponto de encontro, um ponto de acolhida, um ponto de informação essencial para a realização de nossa profissão”.

Por sua parte, Veronica Giacometti comentou que seu livro também pode ser um “instrumento de trabalho” para os jornalistas que venham a trabalhar permanente ou temporariamente no Vaticano, pois explica como funcionam as comunicações vaticanas e detalha a atual estrutura do Dicastério para as comunicações e a Sala Stampa.

A autora indicou que “embora pareça que as notícias ou informações (do livro) sejam supérfluas, na verdade não é assim”. E partilhou com os presentes que a obra surgiu da necessidade expressa por outros colegas jornalistas, de que informações básicas fossem recolhidas em um livro, “em um instrumento de trabalho”.

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