"Só o Evangelho pode manter a luz da esperança acesa", disse o papa Francisco hoje (3) ao receber os Missionários Oblatos de Maria Imaculada, que celebram seu capítulo geral com o tema “Peregrinos da Esperança em Comunhão”. Ele também lamentou que o mundo "continua sendo escravo do egoísmo e está cheio de contradições e divisões".

Francisco falou sobre "o clamor da terra e o clamor dos pobres, as guerras e conflitos que derramaram sangue na história da humanidade, a situação angustiante de milhões de emigrantes e refugiados, uma economia que torna os ricos mais ricos e os pobres mais pobres”.

 “Vocês são chamados a levar o Evangelho de esperança, alegria e paz. Vocês escolheram ser peregrinos, redescobrir e viver sua condição de viandantes neste mundo, junto com homens e mulheres, os pobres e os últimos da terra, a quem o Senhor os envia para anunciar seu Reino”, disse Francisco.

Ao falar sobre o começo desta congregação missionária, Francisco destacou que “é um drama quando os ministros da Igreja abandonam os pobres”.

Francisco disse que estes missionários servem a Igreja em 70 países do mundo, como “peregrinos da esperança”, que caminham “com o povo santo de Deus, vivendo fielmente a sua vocação missionária”.

Para o papa, “ser missionários da esperança significa saber ler os sinais da sua presença oculta na vida diária das pessoas”.

Ele também convidou os presentes a “reconhecer a esperança entre os pobres aos quais vocês foram enviados, e que muitas vezes encontram em situações muito difíceis. Deixem-se evangelizar pelos pobres a quem vocês evangelizam: eles lhes ensinam o caminho da esperança, para a Igreja e para o mundo”, disse.

Esta esperança, continuou Francisco, deve ser transmitida em comunhão, “um desafio do qual pode depender o futuro do mundo, da Igreja e da vida consagrada”.

“Para sermos missionários da comunhão, devemos primeiro vivê-la entre nós, em nossas comunidades e em nossas relações uns com os outros, e depois cultivá-la com todos, sem exceção”, disse Francisco.

"Ser próximo é um trabalho cotidiano, porque o egoísmo arrasta para baixo, afunda, ser próximo é sair", concluiu.

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