Com 51 votos contra e 17 a favor, o Senado da Colômbia rechaçou nesta quarta-feira o projeto de lei de matrimônio igualitário que buscava legalizar as uniões homossexuais no país.

Este projeto foi apresentado pelo senador Armando Benedetti do Partido Social de Unidade Nacional ou Partido de la U, em agosto de 2011, e precisava de 50 votos dos 98 que há na Câmara para ser aprovado.

Entretanto, após ser adiado na terça-feira, os senadores abordaram este tema ontem quarta-feira e depois de horas de debate decidiram rechaçá-lo.

Esta decisão ocorreu enquanto partidários das uniões gay e defensores da família se manifestavam do lado de fora do Parlamento.

Horas antes, o Presidente da Conferência Episcopal Colombiana (CEC), Cardeal Rubén Salazar, tinha pedido aos senadores acolher os argumentos da Igreja e proteger o verdadeiro matrimônio entre homem e mulher.

"Nós como Igreja já expomos claramente o sentido que tem o matrimônio e como o fato de equipará-lo ao homossexual afeta a construção mesma da sociedade", expressou o Cardeal em declarações ao grupo ACI.

O Cardeal reiterou que a Igreja favorece "a família como a união permanente santificada pelo Sacramento do matrimônio entre um homem e uma mulher, que ofereça a possibilidade de que as crianças cresçam em um ambiente de segurança afetiva e que lhes permita pouco a pouco ir crescendo e incorporar-se à plena vida já como adultos".