A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promoveu neste último final de semana o Seminário "A Dignidade da Vida Humana e as Biotecnologias", no Centro de Convenções Israel Pinheiro, em Brasília, que reuniu cerca de 98 pessoas.

Em debate, a questão dos transgênicos; o uso dos embriões na pesquisa científica; o aborto dos fetos anencéfalos e a despenalização do aborto.

A partir desse encontnro a Conferência irá preparar uma publicação com as palestras do Seminário a fim de servir como informações para a sua assembléia-geral, em agosto.

Estiveram presentes cientistas, médicos, parlamentares, integrantes da pastoral da saúde, juristas. Entre eles, o secretário-geral da CNBB, Dom Odilo Pedro Scherer que reiterou que a Igreja irá trabalhar para evitar a aprovação de mudanças na legislação sobre o aborto no Brasil, em debate no governo.

O Prelado explicou que "não é da competência da igreja a formulação de leis, mas da mesma forma que outros grupos trabalham pela aprovação da lei nós tentaremos evitar a aprovação. As posições da igreja católica são bastante conhecidas", disse o secretário-geral.

Dom Odilo enfatizou que a Igreja não quer aparecer como sendo contra a ciência a pesquisa com células-troncos adulta, mas embrionárias, "a nossa convicção é de que o embrião é uma vida. Não é lícito suprimir uma vida para salvar outras", disse. "Estaremos sempre alertas para, se houver uma possibilidade de mudança na legislação, que se faça."