O escritor e professor de física em Nova Jersey, nos Estados Unidos, Matt D'Antuono, selecionou algumas recomendações para manter a fé viva apesar das dificuldades que aparecem na universidade.

Em um artigo publicado no jornal National Catholic Register, D' Antuono deu seis chaves para fortalecer a fé e “permanecer católico”, à medida que os estudantes regressam às aulas presenciais.

1. Conheça a sua fé

O escritor disse que, apesar de ter crescido frequentando a igreja, ele era alvo fácil “para que as pessoas viessem e me explicassem o que estava errado com o catolicismo”.

“O problema era que o quadro que pintavam era uma caricatura, o que em lógica se conhece como ´espantalho `. Se tivesse sabido o que a Igreja realmente ensinou, eu teria podido responder a qualquer objeção que fosse feita contra ela”, acrescentou.

D' Antuono disse que nunca encontrou um ex-católico que possa explicar adequadamente a fé católica e recordou a frase do venerável arcebispo Fulton J. Sheen: “Não há mais de 100 pessoas no mundo que realmente odeiem a Igreja Católica, mas há milhões que odeiam o que eles acreditam ser a Igreja Católica”.

Por isso, animou a estudar diligentemente as escrituras e o catecismo, e lembrou que o catecismo para jovens YouCat também é um resumo muito útil “e está escrito em uma linguagem mais contemporânea”.

“Há beleza e genialidade no ensinamento da Igreja, mas é preciso trabalho para poder vê-lo”, afirmou.

2. Não se deixe enganar pelos maus argumentos ateus

Há muitas versões caricaturadas de Deus que são fáceis de derrubar, diz D' Antuono. “O deus descrito e rejeitado pelos ateus militantes simplesmente não é o Deus do catolicismo”.

“Se você conhece alguém que diz que compreende Deus, pode ter certeza de que não compreende. Santo Agostinho escreveu: ´se você entende, não é Deus`. Inclusive a maioria dos professores de filosofia não conhecem a ideia de Deus a Igreja que ensina”, acrescentou.

3. Aprenda os argumentos a favor da existência de Deus

“Podemos saber que Deus existe; esse ponto não é uma mera questão de fé”, disse D' Antuono.

Para o escritor, aprender os argumentos a favor da existência de Deus pode ajudar a “compreender o Deus que a teologia católica descreve”.

4. Procure católicos com ideias parecidas

“As pessoas com quem você passa o tempo terão um impacto dramático no que você faz e no que você se tornará”, recomendou o escritor.

D' Antuono disse que “não existe uma coisa como um cristão ´cavaleiro solitário´” e falou sobre a importância de passar tempo com os santos, lendo sobre eles.

“Você aprenderá muito. Será inspirado. Inclusive, você pode falar com eles durante a leitura. São a comunidade católica por excelência. E, claro, não se esqueça de ´chamar` a sua mãe, Maria, a rainha dos santos”, acrescentou.

5. Não se sinta mal por ir contra a corrente

Na sociedade atual, diz D’Antuono, “muitas vezes acontece que você se sente como um vilão se não se comprometer com as ideologias dominantes e as agendas associadas com a moralidade liberal”.

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“Em primeiro lugar, o pensamento racional sólido leva às mesmas conclusões que a Igreja em questões morais. Não é necessário ser cristão para estar de acordo com a Igreja. Basta conhecer a base filosófica da moral, uma teoria conhecida como lei natural”, afirmou.

Além disso, ele disse que o “amor real, duro como as unhas e abnegado, é a fonte dos preceitos de Deus” e por isso, se não parece ter sentido, é porque “você não compreende o amor real, a natureza humana real ou o coração de seu Pai amoroso”.

6. Coloque sua relação com Jesus em primeiro lugar

D' Antuono disse que “nada na vida, absolutamente nada, é mais importante que uma relação pessoal com Jesus Cristo”, e afirmou que esta deve ser formada “mediante a oração e os sacramentos”.

“Vá regularmente à missa e à confissão. Estabeleça um bom horário cedo e não se dê por vencido, inclusive quando falhar (e o fará!). Entregue-se à misericórdia de Deus. Quando cometer um erro, volte a Deus uma e outra vez, se for necessário”, afirmou.

Para o escritor, o catolicismo “não é um conjunto de crenças ou práticas, mas uma Pessoa, Jesus Cristo”, e afirmou que o encontro com Ele é o propósito real que tudo o que fizermos deve ter.

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