A Santa Sé e a República Democrática de São Tomé e Príncipe assinaram um novo acordo ontem (15) que reconhece a personalidade jurídica da Igreja Católica no país.

Segundo nota da Sala de Imprensa da Santa Sé hoje (16), através de um comunicado, informando que o encontro ocorreu no Ministério dos Negócios Estrangeiros de São Tomé.

O acordo, redigido em italiano e português e composto por 28 artigos, entrará em vigor com a troca dos Instrumentos de ratificação.  O documento define o quadro jurídico das relações entre a Igreja e o Estado.

O ato solene contou com a presença de dom António Lungieki Bengui, administrador apostólico sede vacante da diocese de São Tomé e Príncipe, dom Manuel António Mendes dos Santos, bispo emérito da diocese de São Tomé e Príncipe, Christopher Seiler, secretário da nunciatura apostólica em Angola e São Tomé e Príncipe, Telmo da Glória Serôdio, chanceler da Cúria de São Tomé, e a senhora Maria Madalena Cravid, secretária da Cúria.

Também participaram o embaixador Carlos Castro, diretor do Departamento de Cooperação Internacional do Ministério das Relações Exteriores, Melany dos Santos, chefe de gabinete do Ministro dos Negócios Estrangeiros, e o embaixador Mateus Meira Rita, assessor do Ministro dos Negócios Estrangeiros.

Durante sua viagem à África em 2009, o papa Francisco se reuniu com os bispos de Camarões, Angola e São Tomé e Príncipe, onde reafirmou "a urgência da evangelização, que cabe antes de tudo aos bispos, sublinhando a dimensão colegial fundamentada na comunhão sacramental”.

Convidou também os bispos a "promover a pastoral do matrimônio e da família, da liturgia e da cultura, também para que os leigos possam resistir ao impulso de seitas e grupos esotéricos", bem como a continuar no "exercício da caridade e defesa dos direitos dos pobres”.

De acordo com as últimas pesquisas, 94,4% da população do país professa o cristianismo e o percentual de crentes aumentou nos últimos anos, chegando a 98,76%.

Confira também: