A Santa Sé inocentou o cardeal Stanislaw Dziwisz da acusação de não investigar casos de abuso sexual do clerico quando era arcebispo de Cracóvia. “A análise da documentação coletada permitiu avaliar estas atividades do cardeal Dziwisz como corretas e, portanto, a Santa Sé estabeleceu não dar prosseguimento”, informou hoje (22) a nunciatura apostólica na Polônia.

O cardeal Dziwisz, de 82 anos, foi arcebispo de Cracóvia de 2005 a 2016, depois de servir mais de três décadas como secretário pessoal do papa são João Paulo II.

Em novembro de 2020, um programa de televisão polonês TVN24 divulgou as acusações contra o cardeal polonês, às vésperas da publicação do Relatório McCarrick no Vaticano.

O cardeal Dziwisz disse em 2020 que queria que as denúncias fossem esclarecidas.

A Igreja Católica na Polônia vem passando por várias investigações sobre casos de abuso sexual clerical. A Conferência Episcopal da Polônia apresentou em 2019 um relatório que concluiu que 382 clérigos abusaram sexualmente de 624 pessoas entre 1990 e 2018.

Segundo o comunicado da nunciatura, o cardeal Angelo Bagnasco, arcebispo emérito de Gênova, visitou a Polônia de 17 a 26 de junho de 2021 para fazer uma investigação de Dziwisz em nome da Santa Sé.

O cardeal Dziwisz declarou hoje (22) que está " muito grato à Santa Sé por seu justo julgamento neste caso". Ele disse que o cardeal Bagnasco "fez todo o possível para esclarecer as acusações mencionadas, que foram tão imerecidas e dolorosas para mim".

O cardeal polonês acrescentou que espera que a notícia "contribua não apenas para esclarecer o assunto, mas também para restaurar a serenidade a todos aqueles que se sentiram ofendidos pelas acusações levantadas contra mim".

"Asseguro a todos minha lembrança em oração", disse ele, agradecendo àqueles que contribuíram "para responder responsavelmente às acusações levantadas contra mim durante meu ofício como arcebispo de Cracóvia de 2005 a 2016".

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