A crise de remédios e materiais médicos provocou uma nova vítima na Venezuela, trata-se de Pe. Nermis Bolaños, que faleceu na madrugada do último domingo, devido à falta de insumos para fazer a diálise de que necessitava.

Pe. Bolaños era pároco da igreja de São José, na Arquidiocese de Barquisimeto. Na segunda-feira, 29 de janeiro, foi diagnosticado como paciente renal e, em 3 de fevereiro, foi levado ao Hospital Pastor Oropeza devido a uma complicação.

Entretanto, não foi possível fazer a diálise devido à falta de materiais e foi transferido ao centro de saúde Dr. Domingo Luciani, em Caracas. O sacerdote faleceu no domingo às 1h15, segundo informou Pe. Yorman Carrillo, que estava a cargo da paróquia.

“Estamos tristes pela morte do Pe. Nermis”, lamentou Pe. Carrillo e, em seguida, manifestou a sua preocupação pelas deficiências no sistema de saúde venezuelano.

A dor pela morte do Pe. Bolaños também foi expressa pela Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), através de sua conta no Twitter.

“O sacerdote Missionário Redentorista morreu devido à falta de materiais para pacientes com insuficiência renal. Trata-se do Pe. Nermis José Bolaños, da paróquia de São José, localizada na Arquidiocese de Barquisimeto. Paz para a sua alma”, assinalou a CEV.

O Arcebispo de Barquisimeto, Dom Antonio José López Castillo, também se uniu à “dor da família dos Missionários Redentoristas pelo falecimento do Pe. Nermis José Bolaños, pároco da igreja de São José de Barquisimeto”, informou a Igreja local através da sua conta no Twitter.

A imprensa local denunciou que há alguns dias também morreram duas mulheres com insuficiência renal devido à falta de remédios.

Trata-se de Susana García, 66 anos, e Reina García, 59 anos. Segundo foi informado, ambas esperaram vários dias para começar o tratamento, mas quando chegou o aparelho de diálise, já era muito tarde, pois o estado de saúde delas havia piorado.

Pe. Bolaños não é o primeiro sacerdote a morrer devido à crise de remédios na Venezuela.

Em 15 de abril de 2017, Pe. José Luis Arismendi, de 35 anos, morreu depois de esperar vários dias pelos remédios que precisava no Hospital Universitário de Los Andes (HULA).

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