Um sacerdote católico foi sequestrado na Nigéria, em 14 de fevereiro. Pe. Nicholas Oboh, da Diocese de Uromi, foi sequestrado por homens armados no estado de Edo, a sudoeste do país.

"Temos certeza de que está vivo e, desde o incidente, foram tomadas medidas para garantir que Pe. Nicholas Oboh seja libertado sem nenhum dano", disse o chanceler da Diocese de Uromi, Pe. Osi Odenore, segundo jornais locais.

A imprensa local também informou que várias crianças foram sequestradas ao mesmo tempo que Pe. Oboh.

Em diálogo com a imprensa e no Facebook, Pe. Odenore disse que a diocese está trabalhando atualmente para garantir a libertação de Pe. Oboh. O chanceler também pediu orações.

Esse sequestro é o mais recente de uma série de sequestros e assassinatos na Nigéria, tanto de católicos como de outros cristãos, incluindo sacerdotes, seminaristas e leigos.

No início desta semana, aparentes militantes islâmicos no estado nigeriano de Borno realizaram um ataque incendiário que matou 30 pessoas, incluindo uma mãe grávida e seu bebê. O ataque também destruiu 18 veículos cheios de alimentos para a região.

O seminarista Michael Nnadi, 18 anos, foi assassinado no final de janeiro deste ano, semanas depois de outros três seminaristas terem sido sequestrados de seu seminário na Nigéria. Os seminaristas sequestrados junto com Nnadi foram libertados, mas um deles sofreu ferimentos graves.

Também em janeiro, o reverendo Lawan Andima, um chefe do governo local da Associação Cristã da Nigéria e pai de nove filhos, foi decapitado pelo grupo terrorista islâmico Boko Haram.

O Arcebispo de Benin City, Dom Augustine Obiora Akubeze, disse que Andima foi assassinado "simplesmente porque era cristão".

Em uma entrevista de 7 de fevereiro à Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), Dom Akubeze, presidente da Conferência dos Bispos Católicos da Nigéria, alertou que “a situação atual na Nigéria reflete uma tensão desnecessária, injustificada e autoinfligida. Uma nação politicamente polarizada”.

“O presidente da Nigéria disse recentemente que ficou surpreso com a matança imparável de nigerianos, que são principalmente cristãos. Muitos nigerianos se perguntam se o presidente vive em um universo paralelo”, disse Dom Akubeze.

“Como pode estar surpreso neste momento? Depois de alguns de nós terem participado de enterros massivos de cristãos mortos pelo Boko Haram? O governo certamente não está fazendo o suficiente para proteger cristãos e muçulmanos”.

O Boko Haram, que jurou lealdade ao grupo terrorista do Estado Islâmico, se manteve ativo por anos. Embora o grupo tenha atacado tanto muçulmanos como cristãos no passado, o Arcebispo nigeriano disse que ataques recentes se concentraram no assassinato e no sequestro de cristãos.

Dom Akubeze disse que a situação é grave e piora.

"Um campo no qual acredito que as nações e os meios de comunicação ocidentais podem ser de grande ajuda é em cobrir as histórias dessas atrocidades na Nigéria", afirmou o Prelado.

“O número de assassinatos é simplesmente alucinante. Talvez com uma cobertura ocidental significativa, o governo da Nigéria poderia ter alguma pressão para agir”, acrescentou.

Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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