Padre Marcos Roberto Ferreira, da Diocese de Joinville (SC), foi condenado no último dia 8 de maio a 33 anos, dois meses e seis dias de prisão em regime fechado pelo crime de estupro de vulnerável e a mais dois anos e quatro meses em regime semiaberto por ter dado bebida alcoólica a crianças e adolescentes.

O sacerdote foi acusado pelo abuso de dois meninos, de 12 e 13 anos, um dos quais é seu afilhado, que frequentavam sua paróquia.

Em nota, a Diocese de Joinville afirmou que, “desde que tomou conhecimento das denúncias, o referido padre foi devidamente suspenso do ministério sacerdotal como prevê o Código de Direito Canônico e orienta o Papa Francisco”.

Além disso, informou que, “diante da condenação em primeira instância, a Diocese continuará o processo canônico que culminará na redução ao estado laical do referido padre, ou seja, definitivamente não exercerá mais o ministério sacerdotal”.

A Diocese catarinense também lamentou os fatos, disse que se une “em oração por todos os que estão sofrendo”, que “continua à disposição das autoridades competentes, comprometida com a busca da verdade e repudia totalmente a pedofilia”.

Quanto à defesa do sacerdote na Justiça, a nota ressalta que Pe. Marcos Roberto contratou um advogado e está custeando os serviços com recursos próprios. Por isso, “informações referentes ao processo, à condenação em primeira instância e possíveis recursos, devem ser verificadas diretamente com sua defesa”.

Em declarações ao portal ‘Uol’, o advogado do presbítero, Karlo Murilo, contou que foi ele mesmo quem deu a notícia da condenação ao sacerdote, mas que não tem “autorização do padre para falar sobre ele”. “Meu trabalho é representa-lo perante o Poder Judiciário”, pontuou.

Os crimes ocorreram em 2017, na Paróquia de Pirabeiraba, distrito de Joinville, onde o sacerdote passou a morar após ser transferido da Paróquia de Santa Paulina, em São Francisco do Sul.

Segundo os testemunhos, Pe. Marcos teria convidado os meninos para dormir em sua casa, onde aconteceram os abusos. Um dos menores conseguiu enviar um pedido de ajuda ao pai por WhatsApp.

Pe. Marcos Roberto Ferreira está preso na Unidade Prisional Avançada (UPA) de São Francisco do Sul (SC), desde junho de 2017. Seu advogado declarou que ira recorrer da decisão.

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