Na sua alocução prévia ao ângelus deste domingo, 22, o Papa Francisco afirmou que as riquezas são boas na medida que elas nos ajudam a construir a fraternidade e nos servem para servir Jesus e o próximo na vivência da caridade.

“A parábola contida no evangelho deste domingo (cf. Lc 16, 1-13) tem como protagonista um administrador inteligente e desonesto que, acusado de malversar os bens do mestre, está prestes a ser demitido. Nesta situação difícil, ele não se recrimina, não busca justificação ou se deixa desencorajar, mas cria uma saída para garantir um futuro pacífico”, explicou o Papa.

“No princípio, reage com lucidez, reconhecendo seus limites: "Cavar, eu não tenho força; mendigar, tenho vergonha "(v. 3); então ele age com astúcia, roubando seu mestre pela última vez. De fato, ele chama os devedores e reduz as dívidas que eles têm com o mestre, para torná-los amigos e depois ser recompensados ​​por eles”, ensinou.

“Jesus apresenta certamente esse exemplo não para nos exortar à desonestidade, mas à astúcia. De fato, ele enfatiza: "O mestre elogiou o administrador desonesto, porque ele havia agido com astúcia" (v. 8), isto é, com essa mistura de inteligência e astúcia, que permite superar situações difíceis”.

Segundo o Santo Padre, Jesus indica o objetivo de sua exortação a fazer-nos amigos das riquezas, para que elas possam conduzir-nos às moradas eternas. Trata-se, segundo o Pontífice, de sermos “capazes de transformar riquezas em instrumentos de fraternidade e solidariedade”, enfaztiza que na Paraíso: “não só estará Deus, mas também aqueles com quem compartilhamos, que administramos bem, aqueles que o Senhor colocou em nossas mãos”.

“Essa passagem do evangelho ecoa em nós a pergunta do administrador desonesto, perseguido por seu mestre: "O que farei agora?" (V. 3). Diante de nossas falhas e fracassos, Jesus nos garante que estamos sempre a tempo de curar o mal feito com o bem. Quem causou lágrimas, faça alguém feliz; quem desviou, doe lago a quem precisa. Ao fazer isso, seremos louvados pelo Senhor "porque agimos com astúcia", isto é, com a sabedoria de quem se reconhece como filho de Deus e se põe em jogo pelo Reino dos Céus”, afirmou.

Finalmente, o Papa concluiu com a seguinte prece: “Que a Santíssima Virgem nos ajude a sermos astutos, garantindo-nos não o sucesso mundano, mas a vida eterna, para que, no momento do juízo final, as pessoas necessitadas de ajuda possam testemunhar que nelas, vimos e servimos o Senhor”.

Confira: