Niterói, 24 de fev de 2022 às 15:26

O asfalto em frente à igreja paroquial do Sagrado Coração de Jesus, em Arraial do Cabo (RJ), amanheceu com a pichação “Lula 13”, no dia 15 de fevereiro. O escrito com o apelido do ex-presidente e candidato à presidência da República Luis Inácio Lula da Silva e o número do Partido dos Trabalhadores (PT) não teve seu autor identificado.

A pichação criou polêmica nas redes sociais. Em um post feito pelo Facebook do portal local Live Notícias, com uma foto da pichação, internautas opinaram. “Muita falta de respeito com a Igreja. Já não seria correto se fosse em frente a qualquer outro portão, mas em frente à Igreja foi extremamente desnecessário e desrespeitoso”, escreveu Naiara Souza, desaprovando o ato. “Já invadiram igreja católica em Curitiba, falta de respeito na frente da igreja (...) vândalos”, concordou Lucia Ribeiro, em menção à invasão à Igreja Nossa Senhora do Rosário, liderada pelo vereador Renato Freitas, na capital paranaense no último dia de 5 de fevereiro.

“Foi em frente à igreja e não na igreja. É uma rua como qualquer outra”, defendeu Rodrigo Simas.

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No mesmo dia, uma cruz com a palavra “Jesus” escrita embaixo foi desenhada por cima do ‘Lula 13’. O autor também não foi identificado.

Em nota, Kayan Dutra, presidente do PT de Arraial do Cabo, disse que o partido não teve envolvimento com o ato. “Condenamos tal iniciativa. Além de nada apropriada, tal pichação não é permitida, uma vez que não se pode fazer campanha nesse momento, especialmente em via pública”, escreveu ele no Facebook.

“No entando (sic), necessário deixar claro que o Partido, além de não concordar com campanha irregular, jamais desrespeitaria qualquer religião. O PT nasceu das lutas sociais e a Igreja Católica, em grande parte, estava junto. Nosso partido defende os mais pobres, defende o direito de que as pessoas vivam com dignidade. Pautas que fazem parte de várias igrejas inclusive. Há aqui o enorme respeito por todas as religiões”, continuou ele, também mencionando o fato de a pichação ter sido feito na rua, e não nas dependências da igreja.

Kayan mencionou, ao final do texto, as eleições programadas para o segundo semestre deste ano e ressaltou: “No mais, que tenhamos uma disputa eleitoral com o máximo de respeito. De nossa parte, há esse comprometimento.”

Procurada pela ACI Digital, a paróquia do Sagrado Coração de Jesus não quis falar sobre o caso.

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