A arquidiocese de Bogotá, Colômbia, exigiu respeito pelos locais e celebrações religiosas, depois que no domingo (20) um grupo de pessoas encapuzadas invadiu a catedral durante a missa dominical.

“No domingo, 20 de março de 2022, durante a Santa Missa às 10h30, na Catedral Primaz, um grupo de pessoas interrompeu a sagrada celebração ao final, com arengas e gritos contra a Igreja e o Estado”, informou o escritório arquidiocesano de comunicações em 20 de março.

A arquidiocese informou que os funcionários da catedral e os oficiais da Polícia Nacional resolveram “a situação e levaram estas pessoas para fora do templo, sem qualquer tipo de violência ou atos de vandalismo”.

 

Neste contexto, a arquidiocese fez “um apelo ao respeito pelos espaços e celebrações religiosas que fazem parte da vida de todo o povo colombiano”.

“Da mesma forma, convida a buscar os cenários adequados para que todas as pessoas possam ser ouvidas e também a respeitar os direitos de todos, incluindo o direito de professar uma religião e fazer atos de culto em paz e harmonia”, acrescentou.

No próprio domingo, o presidente colombiano Iván Duque se manifestou e disse estar "indignado com a violação da liberdade de culto, o ataque às crenças alheias e a intenção de pisotear um templo sagrado".

“É isso que fazem as pessoas violentas e intolerantes que querem impor seus critérios. Os responsáveis ​​responderão por esses atos. A fé de todos deve ser respeitada", disse.

Por sua vez, o Corpo Técnico de Investigação Judicial disse que estão investigando quem foram os autores do crime.

Em carta enviada pela Direção de Assuntos Religiosos do Ministério do Interior ao padre Raúl Ortiz Toro, diretor do Departamento de Doutrina e Promoção da Unidade e Diálogo da Conferência Episcopal Colombiana, “repudiaram enfaticamente qualquer ação contra o livre exercício do direito fundamental à liberdade religiosa e de cultos consagrado no artigo 19 da Constituição Política, nos tratados internacionais de direitos humanos, Lei 133 de 1994 e Decreto 1066 de 2015 para os atos mencionados”.

A carta informa que "o Ofício OFI2022-5762-DAR-2600 foi enviado ao Doutor Felipe Jiménez Ángel, secretário de governo da prefeitura de Bogotá, a fim de garantir a Liberdade de Consciência e de Cultos consagrada nos artigos 18 e 19 da Constituição Política e que as ações devidas sejam prioridade”.

Por fim, recordou-se que “é dever do Estado, de todas as instâncias públicas e privadas e de todos os cidadãos dar proteção e todas as garantias necessárias ao livre exercício do direito fundamental de liberdade religiosa e de cultos”.

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