Um estudo de três anos realizado por duas especialistas das universidades de Lancaster e Strathclyde, Reino Unido, concluiu que peregrinar a lugares como Lourdes (França) traz benefícios para a saúde física e mental dos trabalhadores com estresse laboral.

O estudo Therapeutic Servicescapes and Market-Mediated Performances of Emotional Suffering  (Lugares de serviços terapêuticos e resultados do sofrimento emocional mediados pelo mercado) foi publicado em 11 de maio de 2018 pela Dra. Leighanne Higgins, da Universidade de Lancaster, e Dra. Kathy Hamilton, da Universidade de Strathclyde.

A Dra. Higgins realizou entrevistas com peregrinos e descobriu que o chamado "turismo emocional" pode ser mais eficaz do que os métodos terapêuticos tradicionais. A conclusão do estudo levou a especialista a sugerir que as empresas considerem enviar seus funcionários para locais de peregrinação.

"Nossa pesquisa é útil porque pode mostrar como as empresas podem cultivar emoções para promover o bem-estar, especialmente quando a sociedade nos diz que essas emoções não devem ser mostradas ou compartilhadas em público", disse a Dra. Higgins em uma entrevista publicada em meados deste mês.

A especialista disse que enquanto estudos anteriores afirmam que "consumir algo por razões terapêuticas está associado a escapar do sofrimento emocional", a nova pesquisa "mostra que os consumidores estão escolhendo visitar certos lugares para enfrentar seus sentimentos, suas dores ou suas preocupações" ao serem "vistos como espaços seguros".

"Estamos presenciando –continuou – níveis sem precedentes de problemas de saúde mental e nossa pesquisa descobre que os consumidores enfrentam sofrimento emocional que supera as sessões de terapia tradicional e privada".

Nesse sentido, explicou que as peregrinações "poderiam ser úteis para retiros pessoais e/ou da empresa ou para a capacitação de funcionários, para ajudar com o estresse no local de trabalho, a ansiedade e o bem-estar da saúde mental".

"O turismo religioso tem uma posição única no mercado e é provável que a demanda por peregrinações continue aumentando", acrescentou a Dra. Higgins.

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