Diante das próximas eleições parlamentares a serem realizadas no Iraque em 12 de maio, a Igreja Católica recordou aos fiéis que a votação “é um dever nacional e moral”, especialmente para superar a instabilidade no país.

Em um comunicado divulgado em 9 de março, o Patriarcado Latino da Babilônia fez um apelo a “todos os iraquianos no país e no exterior para atualizar os seus registros eleitorais para participarem fortemente nas eleições parlamentares”, a fim de “eleger os melhores candidatos para representá-los e que sejam os mais capazes de servir o Iraque”.

Afirmaram que “o processo de votação é um dever nacional e moral e uma oportunidade para não perder um verdadeiro progresso à democracia, à justiça, à estabilidade e ao bem-estar”.

Recordaram ainda que “estamos no tempo do jejum e preparando-nos para a Páscoa” e, portanto, é necessário rezar “pelo sucesso do processo eleitoral e unir os iraquianos no espírito de uma equipe criativa”.

A agência vaticana Fides explicou que no Parlamento iraquiano há cinco lugares reservados para minorias cristãs, distribuídos nas províncias de Bagdá, Kirkuk, Erbil, Dohuk e Nínive. Líderes e ativistas cristãos, membros de cerca de nove grupos políticos, procuram conseguir esses lugares.

No início de março, Pe. Behnam Benoka, sacerdote iraquiano da Diocese de Mossul, disse ao Vaticano News que, apesar da derrota do Estado Islâmico em 2017, em áreas do Oriente Médio, os cristãos ainda são perseguidos.

Pe. Benoka lamentou que na Planície de Nínive ainda haja “uma falta de serviços e infraestruturas, principalmente de água, das ruas e das escolas” e que “jovens e adultos especialmente sofrem pela falta de trabalho”.

O sacerdote acrescentou que “os cristãos de Mossul ainda não se atrevem a voltar, porque a cidade está quase completamente destruída”.

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