Um ato de profanação comoveu a cidade de Pinheiro, na região norte do Espírito Santo, na madrugada de quinta-feira, 21. As hóstias e o sacrário da igreja de São João do Sobrado foram roubados e jogados em um rio do município.

A notícia foi dada pelo pároco, Padre Marcos Stinghel, na manhã de ontem através de sua conta no Facebook.

“Meus amados irmãos, com pesar vos comunico que, essa noite, a Igreja de São João do Sobrado foi roubada. Os filhos de Lúcifer violaram o Santíssimo e levaram o Sagrado Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nossa Paróquia hoje acorda em luto”, postou.

Em declarações à ACI Digital, o sacerdote explicou que “a igreja de São João Batista fica a 28 km da Igreja Matriz” e “quem descobriu a invasão foram algumas mulheres que todas as manhãs rezam a novena do Perpétuo Socorro”.

“Assim que chegaram à igreja – contou o Padre –, encontraram a porta arrombada e o sacrário havia sido arrancado da capela”.

As mulheres, então, telefonaram para o pároco e logo comunicaram o caso à Polícia Militar.

Toda a Paróquia, “composta por 39 comunidades”, o pároco, Padre Marcos, e o vigário, Padre Jader Jesus, ficaram “extremamente tristes”.

O responsável pelo roubo foi encontrado na tarde de quinta-feira e conseguiram localizar e recuperar o sacrário e as hóstias – as quais foram devidamente descartadas.

“Gostaria de agradecer a polícia pelo trabalho em nosso município, de forma especial pela atenção que nos deram hoje”, manifestou Padre Marcos em sua rede social.

Ele informou que já estava detido o responsável “que invadiu nossa igreja e nossos corações com crueldade, nesse dia que se tornou escuro para nós. Toda a paróquia sofre junto com a comunidade São João Batista do Sobrado”.

“Entretanto, não iremos desanimar, confiamos em Deus e Ele nos dará a força necessária para ir em frente. Estamos preparando o rito para o desagravo da igreja”, que será no dia 1º de maio.

Padre Marcos Stinghel informou que “no próximo domingo a Missa será na praça. Deixaremos a igreja fechada em sinal de luto”.

“Queremos que as pessoas sintam a falta do Cristo”, expressou o sacerdote, segundo quem o objetivo é fazer com que “entendam que roubaram muito mais que um simples bem material da igreja. Roubaram nosso coração. Levaram o que é insubstituível”.

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