O Papa Francisco visitou neste sábado, 30 de março, o Instituto Mohammed VI dos Imãs, Pregadores e Pregadoras do Marrocos, tornando-se assim o primeiro Pontífice a entrar em um centro de formação de imãs.

O Santo Padre foi recebido pelo rei Mohammed VI, pelo ministro dos Assuntos Religiosos, pelo diretor do instituto e pelo presidente do Conselho dos Ulemas.

O Marrocos tem cerca de 35 milhões de habitantes e a minoria católica é composta por apenas 23 mil fiéis.

O Instituto Mohammed VI foi inaugurado em 27 de março de 2015 pelo atual rei do Marrocos e recebe estudantes de várias partes da África e da Europa para serem formados como imãs e pregadores. Como indicado, seu objetivo é promover um islamismo tolerante.

Durante a visita de Francisco, houve a exibição de um vídeo e o testemunho de um estudante europeu e de uma africana da Nigéria.

No Marrocos, o rei é quem garante a religião islâmica e também é chamado de "comandante da fé".

Neste instituto há uma formação contínua para os 52 mil imãs que dirigem as mesquitas do reino. Até hoje, foram formados 2.100 imãs e cerca de 900 instrutoras.

Atualmente tem 1.300 estudantes entre marroquinos e estrangeiros. Desde a sua inauguração, cerca de 1.200 estudantes estrangeiros já retornaram aos seus países de origem.

Embora nesta atividade não tenha sido realizado um discurso oficial, no encontro das 15h com o povo marroquino, as autoridades e o corpo diplomático, o Papa se referiu a este instituto que "vossa Majestade desejou para proporcionar uma formação adequada e sadia contra todas as formas de extremismo, que levam muitas vezes à violência e ao terrorismo e constituem, em todo o caso, uma ofensa à religião e ao próprio Deus".

 “Na realidade, sabemos como é necessária uma condigna preparação dos futuros guias religiosos, se quisermos reavivar o verdadeiro sentido religioso no coração das novas gerações", disse.

Francisco, que chegou a Rabat, capital do Marrocos, às 13h50 (horário local), em seu primeiro discurso encorajou as autoridades a que se contraponham ao fanatismo e fundamentalismo através da solidariedade entre todos os fiéis.

Também lembrou a importância da liberdade de consciência e religião, que não se limita apenas à liberdade de culto, mas a viver de acordo com as próprias convicções.

O Papa, que também visitou o Mausoléu de Mohammed V, tem um encontro com os migrantes na sede da Cáritas diocesana de Rabat.

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