Em uma entrevista de mais de uma hora ao jornalista Jordi Évole, divulgada no domingo, 31 de março, pelo canal de televisão ‘La Sexta’, o Papa Francisco se pronunciou sobre sua posição frente ao aborto em casos de estupro.

Diante da inquietude de Évole sobre se entenderia uma mulher que pensa em abortar após sofrer um estupro, o Santo Padre assinalou: “Eu a entenderia em seu desespero, mas também seu que não é lícito eliminar uma vida humana para resolver um problema”.

“É lícito eliminar uma vida para resolver um problema? É lícito pagar a alguém para que a elimine?”, questionou.

Em seguida, indicou ao jornalista que “a resposta é sua, não é minha”. Évole evitou responder: “não, eu não vim para responder, vou tentar tirar todas as respostas que possa do senhor”.

O Papa indicou, em seguida, que tampouco se deve dizer a mulher grávida “na rua” e assinalou que, “graças a Deus, nos últimos anos, nos últimos 10 anos, 15 anos, tomou-se muita consciência desses casos. De moças solteiras que vão ser mães e se desenvolveu todo um trabalho de acompanhamento, de dignificação”.

E, apesar de ter explicado que não discute “a lei civil de cada país”, para o Papa “a pergunta é, antes da lei civil, antes da lei religiosa, ao humano: é justo eliminar uma vida humana para resolver um problema? É justo pagar um matador de aluguel para resolver um problema?”.

“Depois disso, vem o restante, mas essa é a pergunta básica”, assinalou.

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