O Papa Francisco nomeou nesta quarta-feira como administrador apostólico sede plena et ad nutum Sanctae Sedis da Diocese de Formosa (GO)Dom Paulo Mendes Peixoto, Arcebispo de Uberaba (MG).

Na última segunda-feira, 19 de março, o Bispo de Formosa, Dom José Ronaldo teve a prisão temporária decretada na Operação Caifás do Ministério Público de Goiás, juntamente com outros cinco sacerdotes e funcionários administrativos, acusados de desvio de recursos, que teria causado um prejuízo superior a 2 milhões de reais à Diocese.

Durante a operação, encontraram mais de USD 20 mil em dinheiro vivo, o equivalente a R$ 70 mil Reais, no fundo falso de um armário que estava no quarto de Monsenhor Epitácio Cardoso Pereira, na paróquia de Planaltina. As investigações também apontaram desvios de recursos nas cidades de Formosa e Posse.

Os investigadores afirmam que Dom José Ronaldo seria o articulador do desvio de dízimos, doações de fiéis, arrecadações de festas e taxas de batismos e casamentos, em um esquema que teria sido montado há cerca de três anos, desde quando o Prelado assumiu a Diocese, em 2015.

De acordo com escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, com o dinheiro desviado foram compradas uma fazenda de criação de gado e uma casa lotérica.

Na terça-feira, 20 de março, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou uma nota, na qual afirma que a verdade na Operação Caifás “deve ser apurada com justiça e transparência, visando o bem da igreja particular e do bispo”.

Além disso, a CNBB manifestou “a solidariedade com o presbitério e os fiéis da Diocese, recordando ao irmão bispo que a justiça é um abandonar-se confiante à vontade misericordiosa de Deus”.

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