O papa Francisco não pôde receber o Comitê Judaico Internacional para as Consultas Inter-religiosas em audiência “devido ao agravamento das dores no joelho”, informou a Santa Sé hoje (30).

Na segunda-feira (27) na audiência com os bispos brasileiros das regionais Norte 2 e Norte 3 que estão em visita ad limina, o papa Francisco apareceu usando uma bengala e sem cadeira de rodas, e disse que há três dias já conseguia caminhar.

As últimas aparições públicas do papa Francisco mostravam uma possível melhora do problema no joelho direito, embora hoje (30) a Santa Sé tenha informado sobre o agravamento da dor.

Devido a esta mudança em sua agenda, Francisco entregou ao cardeal Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, uma mensagem dirigida a esta comissão, com a qual iria se reunir hoje no Vaticano.

No texto, Francisco disse que “em nossos tempos turbulentos, é de grande importância que judeus e cristãos se unam e trabalhem cada vez mais juntos para buscar contrastar certas tendências negativas em nossas sociedades ocidentais”.

Entre essas tendências, Francisco destacou a “idolatria do eu e do dinheiro; o individualismo exasperado; a cultura da indiferença e do descarte”.

“Somos chamados a testemunhar juntos o Deus da misericórdia e da justiça, que ama e cuida das pessoas; e podemos fazer isso haurindo o patrimônio espiritual que em parte compartilhamos e que temos a responsabilidade de preservar e aprofundar”, continuou.

Francisco disse então que as divergências entre as duas religiões não devem ser abordadas de forma agressiva, "mas sem preconceitos e com intenções pacíficas, para encontrar pontos de convergência aceitáveis ​​para todos".

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