O papa Francisco recebeu ontem (25), no Vaticano, membros da Ordem da Santíssima Trindade. Na ocasião, o papa denunciou que “a liberdade religiosa é violada, às vezes pisoteada em muitos lugares e de várias maneiras, algumas rudes e óbvias, outras sutis e ocultas”.

Diante de um total de 120 participantes na sala clementina do Palácio Apostólico, o papa destacou que a ordem “defende a liberdade religiosa não de forma teórica, mas cuidando de pessoas que são perseguidas e encarceradas por causa de sua fé”.

O papa recordou o fundador da ordem, João de Matha, que “foi chamado por Cristo a dar sua vida pela libertação dos escravos, tanto cristãos como muçulmanos”.

“Ele não queria fazer isto sozinho, individualmente, mas fundou uma nova Ordem para este fim, uma ordem 'em saída', nova também em sua forma de vida, que deveria ser um apostolado 'no mundo'”, afirmou o papa.

Francisco destacou que Jesus foi enviado pelo Pai e “movido” pelo Espírito Santo e que “nele, toda a Trindade opera”. “E a obra de Deus Amor, Pai, Filho e Espírito Santo, é a redenção do homem: por esta razão, Cristo derramou seu sangue na cruz. Em resgate por nós. Esta obra é prolongada na missão de toda a Igreja”.

“Mas em sua Ordem encontrou uma expressão singular, peculiar, eu diria ‘literal’ - um pouco como a pobreza em Francisco -, ou seja, o compromisso com o resgate dos escravos”.

“Este carisma é, infelizmente, de uma atualidade flagrante! Seja porque mesmo em nosso tempo, que se vangloria de ter abolido a escravidão, na realidade há muitos, demasiados homens e mulheres, até mesmo crianças reduzidas a viver em condições desumanas, escravizadas. Seja porque, como evidenciado durante a conferência, a liberdade religiosa é violada, às vezes pisoteada em muitos lugares e de várias maneiras, algumas rudes e óbvias, outras sutis e ocultas”, lamentou o papa Francisco.

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