Em sua visita apostólica ao Japão de 23 a 26 de novembro, o Papa Francisco terá um intérprete especial: trata-se de Pe. Renzo De Luca, o qual foi seu aluno na Argentina e que agora é o Superior Provincial da Companhia de Jesus no país asiático.

Há 35 anos, o atual superior dos jesuítas no Japão foi aluno de Pe. Jorge Maria Bergoglio – agora Papa Francisco –, que então era reitor do Escolasticado Jesuíta na Argentina, onde Pe. De Luca estudava antes de ser enviado como missionário para a Ásia.

Agora, o sacerdote terá a oportunidade de traduzir cada palavra do Papa ao japonês para os fiéis que acompanharem a viagem do Santo Padre.

Em uma entrevista a Vatican News, Pe. Renzo disse que viu o Papa algumas vezes nos últimos seus anos e se sente “realmente em casa com ele”. A última vez que se encontraram foi na Casa Santa Mart, onde se abraçaram como dois velhos amigos.

“Quando se trata de traduzir, não sei o quanto terei que trabalhar no ato. Mas estou realmente feliz e honrado em fazê-lo”, comentou Pe. Renzo.

O Papa falará em espanhol, seu idioma nativo, durante toda a visita.

Cobertura midiática japonesa da visita do Papa

Pe. Renzo comentou que, com outros católicos, está surpreso com a cobertura que a visita do Papa Francisco está recebendo.

Disse que teve tantas solicitações de entrevistas que, juntamente com outros jesuítas argentinos, realizou uma coletiva de imprensa da qual participaram 38 meios de comunicação. Inclusive meios seculares estiveram presentes, como a emissora nacional NHK e Yomiuri Shimbun, um jornal nacional.

“Muitas pessoas estão realmente interessadas e têm muitas notícias. Estão seguindo o que o Papa diz e aonde ele vai. Acredito que as expectativas são grandes”, indicou.

Pe. Renzo afirmou que as pessoas no Japão se perguntam o que o Papa Francisco terá a dizer “a um país não católico como o Japão e também o que vai dizer sobre a paz, a energia atômica e o desarmamento nuclear, temas que são muito cruciais no Japão”.

O Papa Francisco segue os passos de seu predecessor, o Papa São João Paulo II, o qual visitou este país em fevereiro de 1981.

Essa visita, segundo Pe. Renzo, “mudou a imagem que os japoneses têm sobre a Igreja”.

O superior dos jesuítas no Japão espera que esta viagem apostólica tenha um impacto semelhante, dependendo da mensagem do Papa com relação “à migração, à pena de morte e à alta taxa de suicídio”.

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