A sala de imprensa da Santa Sé informou em 21 de abril que “a Santa Sé e o Santo Padre se unem” ao pedido “por uma trégua por ocasião da celebração da Páscoa, em 24 de abril” que António Guterres, secretário-geral da ONU, fez junto com o chefe da Igreja greco-católica da Ucrânia, Sviatoslav Shevchuk, em 19 de abril.

“Conscientes de que nada é impossível para Deus, invocam o Senhor para que a população presa em zonas de guerra seja evacuada e que a paz seja restabelecida em breve, e pedem a quem tem a responsabilidade das nações para ouvir o grito de paz do povo”, disse um comunicado da Santa Sé.

Francisco também fez um novo apelo à paz nas diversas partes do mundo, diante de mais de 100 mil pessoas reunidas no Vaticano para a bênção Urbi et Orbi no Domingo da Ressurreição. O papa pediu "que haja paz para a martirizada Ucrânia, tão duramente provada pela violência e a destruição da guerra cruel e insensata para a qual foi arrastada".

“Escolha-se a paz! Deixe-se de exibir os músculos, enquanto as pessoas sofrem. Por favor, por favor: não nos habituemos à guerra, empenhemo-nos todos a pedir a paz, em alta voz, das varandas e pelas ruas! Paz", exortou.

Em seguida, disse o papa naquela ocasião, "trago no coração todas e cada uma das numerosas vítimas ucranianas, os milhões de refugiados e deslocados internos, as famílias divididas, os idosos abandonados, as vidas destroçadas e as cidades arrasadas. Não me sai da mente o olhar das crianças que ficaram órfãs e fogem da guerra”.

“Quem tem a responsabilidade das nações, ouça o clamor do povo pela paz. Lembre-se daquela inquietadora pergunta feita pelos cientistas, há quase setenta anos: ‘Poremos fim ao género humano, ou a humanidade saberá renunciar à guerra?’”, concluiu o papa, citando o “Manifesto Russell-Einstein” de 9 de julho de 1955.

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