No voo de volta a Roma, o Papa Francisco pediu que o diálogo seja o caminho para resolver os conflitos sociais e políticos que ocorrem recentemente na América Latina.

Em 26 de novembro, o Santo Padre concedeu uma coletiva de imprensa durante o voo que o levou de Tóquio a Roma, depois de sua visita apostólica à Tailândia e ao Japão, na 32ª viagem internacional de seu pontificado.

A jornalista Valentina Alazraki, da rede mexicana Televisa, perguntou ao Papa qual é sua análise do que está acontecendo na Nicarágua, Venezuela, Chile, Bolívia e outros países, onde ocorrem conflitos políticos e sociais que deixaram pessoas mortas, presas e inclusive o incêndio e violação de igrejas, no caso do Chile a da Nicarágua.

Francisco indicou que ainda não encontrou “uma análise bem feita sobre a situação na América Latina”, no entanto, reconheceu que o que está acontecendo no Chile “assusta-me”, porque “o Chile está saindo de um problema de abusos que causou tanto sofrimento. E agora regressa a um problema deste tipo (em referência aos protestos) que não compreendemos bem".

O Papa indicou que alguém lhe comentou que "a situação hoje na América Latina se parece com a de 1974-1980", quando vários países do continente eram governados por ditaduras militares e havia a "Operação Condor". No entanto, esclareceu: “Eu não sei se é um problema que se parece ao outro. Realmente, neste momento, eu não sou capaz de fazer a análise disso”.

Por isso, disse que "temos de procurar o diálogo e também a análise". “Ainda não encontrei uma análise bem feita sobre a situação na América Latina. Também há governos fracos, muito fracos, que não conseguiram colocar ordem e paz. Por isso ocorre essa situação”, afirmou.

Diante da pergunta da jornalista sobre o pedido de Evo Morales para a Igreja mediar no conflito, o Pontífice lembrou que, em seu momento, a Venezuela também pediu a mediação e que "a Santa Sé sempre se mostrou disponível".

“Estamos lá presentes para ajudar quando é necessário. A Bolívia fez algo deste tipo, ainda não sei bem através de qual meio, mas também fez um pedido às Nações Unidas que enviaram seus delegados, também alguns países da União Europeia”, indicou.

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