O papa Francisco transmitiu suas condolências pela morte na terça-feira (30) do último líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev, aos 91 anos.

Num telegrama enviado a Irina Gorbachev, filha do ex-presidente da URSS, Francisco disse estar "espiritualmente próximo neste momento de dor pela morte de seu honrado pai Mikhail". O papa transmitiu suas "mais profundas condolências à senhora, a todos os familiares e àqueles que viam nele um apreciado estadista”.

O papa Francisco recordou "com gratidão, o claro compromisso com a concórdia e a fraternidade entre os povos”, e o compromisso "com o progresso do seu país numa época de importantes mudanças".

Francisco ofereceu “orações de sufrágio invocando para a sua alma, do Deus bom e misericordioso, a paz eterna”.

O ex-presidente soviético será enterrado no cemitério Novodevichy, em Moscou, junto com sua esposa Raisa, que morreu em 1999.

Gorbachev liderou a URSS de 1984 a 1991, quando renunciou depois de uma tentativa de golpe por comunistas linha-dura que se opunham a suas reformas. A renúncia marcou o fim da URSS, substituída pela Federação Russa.

Em 1989, durante o governo de Gorbachev, o sindicato anti-comunista Solidariedade ganhou as eleições na Polônia e o Muro de Berlim, que separava a parte da cidade sob comando de EUA, Reino Unido e França, da parte controlada pelos soviéticos, caiu.

Os dois eventos marcam o fim do comunismo na Europa, para o que o papa são João Paulo II contribuiu decisivamente.

Sobre são João Paulo II, com quem se encontrou, Gorbachev disse antes de ser elevado aos altares, que “deve ser canonizado. Ele era uma personalidade formidável. Um grande humanista, o maior, para mim”.

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