Papa Francisco presidiu neste domingo, na Praça de São Pedro, a canonização de sete novos santos, entre eles Padre Brochero (Argentina), José Sánchez del Río (México) e Manuel González Garcia (Espanha), e afirmou que todos eles alcançaram a meta do Reino de Deus porque “travaram o bom combate da fé e do amor através da oração. Por isso permaneceram firmes na fé, com o coração generoso e fiel”.

“Os Santos são homens e mulheres que se entranham profundamente no mistério da oração. Homens e mulheres que lutam mediante a oração, deixando rezar e lutar neles o Espírito Santo; lutam até não poder mais, com todas as suas forças; e vencem, mas não sozinhos: o Senhor vence neles e com eles”, afirmou o Pontífice aos milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro.

Nesse sentido, Francisco refletiu em sua homilia sobre a importância da oração na vida do cristão, abordada nas leituras deste domingo.

Na oração da coleção, recordou o Papa, “dirigimos esta oração ao Senhor: ‘Criai em nós um coração generoso e fiel, para podermos servir-Vos, sem cessar, com lealdade e pureza de espírito’”.

“Sozinhos, não somos capazes de formar em nós um coração assim; só Deus pode fazê-lo e, por isso, Lho pedimos na oração”, sublinhou Francisco.

Nesse sentido, assinalou que os novos santos – entre os quais também estão os franceses Isabel da Santíssima Trindade e Salomão Leclercq, os italianos Ludovico Pavoni e Afonso Maria Fusco – alcançaram a meta e adquiriram “um coração generoso e fiel, graças à oração: rezaram com todas as forças, lutaram e venceram”

Por isso, colocou também como exemplo o relato da primeira leitura, quando Aarão e Hur sustentaram os braços de Moisés para seguir pedindo a Deus pela vitória na batalha contra Amalec. “Este é o estilo de vida espiritual que a Igreja nos pede: não para vencer a guerra, mas para vencer a paz! Este é o estilo de vida espiritual que a Igreja nos pede: não para vencer a guerra, mas para vencer a paz!”, afirmou.

O Papa disse que “o cansaço é inevitável; por vezes, já não a conseguimos fazer, mas, com o apoio dos irmãos, a nossa oração pode continuar, até que o Senhor leve a bom termo a sua obra”. No entanto, esclareceu que não deve ser “uma oração esporádica, intermitente, mas feita como Jesus ensina no Evangelho de hoje: ‘orar sempre, sem desfalecer’”.

“Esta é a maneira cristã de agir: ser firme na oração para se manter firme na fé e no testemunho”, assinalou o Papa. “Não estamos sozinhos, fazemos parte de um Corpo. Somos membros do Corpo de Cristo (...). E só na Igreja e graças à oração da Igreja é que podemos permanecer firmes na fé e no testemunho”, indicou.

Francisco, que insistiu em seu chamado a não se cansar de rezar porque “Deus fará justiça aos seus eleitos, que a Ele clamam dia e noite”, advertiu que “rezar não é refugiar-se num mundo ideal, não é evadir-se numa falsa tranquilidade egoísta. Pelo contrário, rezar é lutar e deixar que o próprio Espírito Santo reze em nós. É o Espírito Santo que nos ensina a rezar, guia na oração e faz rezar como filhos”.

Ao concluir, o Pontífice pediu a Deus que “nos conceda também a nós, pelo exemplo e intercessão delas, ser homens e mulheres de oração; gritar a Deus dia e noite, sem nos cansarmos; deixar que o Espírito Santo reze em nós, e orar apoiando-nos mutuamente para permanecermos com os braços erguidos, até que vença a Misericórdia Divina”.

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