O papa Francisco lamentou as "monstruosas deformações litúrgicas" que ocorreram nas últimas décadas, na conversa com os jesuítas do Canadá.

A revista jesuíta Civiltà Cattolica publicou ontem (4) o texto completo do diálogo entre 15 jesuítas e o papa Francisco que aconteceu na sede da arquidiocese de Quebec, no qual respondeu a uma pergunta sobre a importância do estudo da liturgia.

“Quando há conflito, a liturgia é sempre maltratada. Na América Latina, há trinta anos, ocorreram monstruosas deformações litúrgicas”, disse o papa Francisco.

“Depois caíram do lado oposto com a embriaguez retrogradista do antigo. Uma divisão foi estabelecida na Igreja”, acrescentou.

O papa criticou várias vezes o “atraso”, algo que ele mesmo disse na entrevista coletiva no voo de volta do Canadá a Roma, que é contrário à tradição.

Em seu encontro com os jesuítas publicado pela Civiltà Cattolica, o papa Francisco disse que sua "ação neste campo tentou seguir a linha adotada por João Paulo II e Bento XVI, que haviam permitido o rito antigo e haviam solicitado uma verificação posterior ".

“A verificação mais recente deixou claro que havia uma necessidade de disciplinar a questão e evitar que ela fosse um fato de moda, mas que permanecesse uma questão pastoral”, disse Francisco.

Em julho de 2021, Francisco publicou o motu proprio Traditionis custodes, com o qual restringiu a celebração da missa tradicional em latim.

Em 29 de junho de 2022, Solenidade de São Pedro e São Paulo, Francisco publicou a carta apostólica Desiderio desideravi, sobre a formação litúrgica do povo de Deus.

“Virão estudos que aperfeiçoarão a reflexão sobre uma questão tão importante", pois "a liturgia é o louvor público do povo de Deus”, concluiu o papa Francisco na conversa com os jesuítas do Canadá.

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