Ao fazer a oração do Ângelus em 26 de junho, o papa Francisco incentivou a pedir à Virgem Maria a “nos ajudar a fazer nossa a firme decisão de Jesus de permanecer no amor até o fim”.

O papa refletia sobre o Evangelho do domingo, no qual são Lucas narra quando Jesus “tomou a firme decisão de partir para Jerusalém” (Lc 9,51-62).

O trecho diz: E aconteceu que, chegando ao fim os dias da sua assunção, decidiu ir a Jerusalém, e enviou à sua frente mensageiros, que foram e entraram numa cidade de samaritanos para lhe prepararem uma hospedaria; mas não o receberam porque pretendia ir a Jerusalém. Quando seus discípulos Tiago e João o viram, perguntaram: "Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma?" , ele os repreendeu, e eles foram para outra cidade, e ele lhe disse: “Eu te seguirei por onde você for.”

Jesus lhe disse: “As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.”

A outro ele disse: “Siga-me”.

Ele respondeu: “Deixe-me ir primeiro enterrar meu pai.”

Ele respondeu: “Deixe os mortos enterrarem seus mortos; vai e anuncia o Reino de Deus”. Outro lhe disse: “Eu te seguirei, Senhor; mas primeiro deixe-me despedir-me da minha casa.” Jesus lhe disse: “Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus”.

O papa disse que Cristo iniciou "a grande viagem à cidade santa, que exige uma decisão especial porque é a última", enquanto "os discípulos, cheios de um entusiasmo ainda demasiado mundano, sonham que o Mestre está a caminho do triunfo; Jesus, por outro lado, sabe que a rejeição e a morte o esperam em Jerusalém”.

“Que a Virgem Maria nos ajude a fazer nossa a firme decisão de Jesus de permanecer no amor até o fim”, convidou o Papa.

Francisco destacou o "amor misericordioso do Pai" e encorajou a pedir a graça de aumentar a "paciência, perseverança e espírito penitencial" para imitar a atitude de Cristo.

Jesus percorre o caminho "da firmeza, que, longe de se traduzir em dureza, implica calma, paciência, longanimidade, sem com isso abrandar minimamente os nossos esforços para fazer o bem".

“Esta forma de ser não denota fraqueza, mas, pelo contrário, uma grande força interior. Permitir-se ser vencido pela raiva na adversidade é fácil, é instintivo. O difícil, pelo contrário, é dominar-se, fazendo como Jesus, que – diz o Evangelho – partiu para outra aldeia”, disse o papa.

Por isso, o Santo Padre sugeriu fazer o bem “sem recriminações”, pois “Jesus nos ajuda a ser pessoas serenas, felizes com o bem que fizemos e sem buscar a aprovação humana”.

Nesse sentido, o papa convidou a perguntar: “e qual é a nossa posição? Diante de divergências, mal-entendidos, recorremos ao Senhor, pedimos sua perseverança para fazer o bem? Ou buscamos confirmação nos aplausos e acabamos amargos e ressentidos quando não os ouvimos?”

“Peçamos, pois, a Jesus a força para ser como Ele, para segui-lo com firmeza neste caminho de serviço, não ser vingativo, não ser intolerante quando surgem dificuldades, quando nos gastamos para o bem e os outros não entendem, eles mesmo nos desqualifique, silencie e avance”, exortou o Papa.

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