O Papa Francisco e Papa copto ortodoxo Tawadros II assinaram uma declaração comum após seu encontro no Egito, com o qual querem sublinhar as boas relações entre ambas as confissões e na qual reconhecem mutuamente a validade sacramental do batismo administrado em ambas as igrejas.

“Obedientes à ação do Espírito Santo, que santifica a Igreja, a sustenta ao longo dos séculos e conduz àquela unidade plena pela qual Cristo rezou, hoje nós, Papa Francisco e Papa Tawadros II, para alegrar o coração do Senhor Jesus bem como os corações dos nossos filhos e filhas na fé, declaramos mutuamente que, com uma só mente e coração, procuraremos sinceramente não repetir o Batismo administrado numa das nossas Igrejas a alguém que deseje juntar-se à outra”.

“Isto confessamos – continua a declaração – em obediência às Sagradas Escrituras e à fé expressa nos três Concílios Ecumênicos reunidos em Niceia, Constantinopla e Éfeso. Pedimos a Deus nosso Pai que nos guie, nos tempos e modos que o Espírito Santo dispuser, para a unidade plena no Corpo místico de Cristo”.

No texto, ambos também recordam que “é através do Batismo que nos tornamos membros do único Corpo de Cristo que é a Igreja”.

“Esta herança comum é a base da peregrinação que juntos realizamos rumo à plena comunhão, crescendo no amor e na reconciliação”.

Também agradecem “por nos ter concedido a feliz oportunidade de nos encontrarmos mais uma vez, trocarmos o abraço fraterno e compartilhar a oração comum” e “pelos laços de fraternidade e amizade existentes entre a Sé de São Pedro e a Sé de São Marcos”.

A viagem para o Egito é um “sinal de que a força de nossa amizade está aumentando ano a ano”, afirmam no comunicado.

“O nosso vínculo profundo de amizade e fraternidade tem a sua origem na plena comunhão que existia entre as nossas Igrejas nos primeiros séculos tendo-se expressado de várias maneiras nos primeiros Concílios Ecuménicos”.

“A nossa comunhão manifestava-se através da oração e práticas litúrgicas semelhantes, da veneração dos mesmos mártires e santos, e no fomento e difusão do monaquismo, seguindo o exemplo do grande Santo Antão, conhecido como o pai de todos os monges”, diz também o texto.

Francisco e Tawadros II também se comprometem a “intensificar os nossos esforços comuns, perseverando na busca de uma unidade visível na diversidade, sob a guia do Espírito Santo”.

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