Nesta quinta-feira, 9 de janeiro, em seu discurso aos membros do Corpo Diplomático acreditado junto à Santa Sé, o Papa Francisco reiterou sua intenção de visitar o Sudão do Sul em 2020.

Referindo-se à sua viagem apostólica na África que realizou no ano passado a Moçambique, Madagascar e Maurício, o Santo Padre lembrou o Sudão do Sul e afirmou que almeja que “seus cidadãos possam viver na paz e na prosperidade”, assim como também “colaborar no crescimento democrático e econômico do país”, por isso acrescentou que espera visitá-lo “no decurso deste ano”.

Nesse sentido, o Pontífice lembrou o retiro espiritual que ocorreu em abril passado no Vaticano com os líderes do país e “a preciosa contribuição do Arcebispo de Cantuária, Sua Graça Justin Welby, e do ex-Moderador da Igreja Presbiteriana da Escócia, o Reverendo John Chalmers”.

"Confio que aqueles que têm responsabilidades políticas continuem o diálogo, com a ajuda da Comunidade Internacional, para implementar os acordos alcançados", encorajou o Papa.

Além disso, Francisco mencionou a assinatura de um acordo global na República Centro-Africana, assinado em fevereiro de 2019 "para pôr termo a mais de cinco anos de guerra civil".

Posteriormente, o Pontífice olhou para outras partes do continente e disse que "dói constatar como continuam episódios de violência contra pessoas inocentes, entre as quais muitos cristãos perseguidos e mortos pela sua fidelidade ao Evangelho".

Especificamente, o Papa citou Burkina Faso, Mali, Níger e Nigéria e apelou: “Exorto a Comunidade Internacional a apoiar os esforços que estes países estão a fazer na luta para derrotar o flagelo do terrorismo, que está a cobrir de sangue partes cada vez mais extensas da África, bem como outras regiões do mundo”.

O último episódio ocorreu na Nigéria, onde membros do grupo terrorista Boko Haram, fiel ao Estado Islâmico, assassinaram dez cristãos.

O Estado Islâmico anunciou esse massacre em 26 de dezembro, um dia após o Natal.

Por essa razão, o Papa Francisco acrescentou que, “à luz destes acontecimentos, é necessário que se implementem estratégias que incluam intervenções não só no campo da segurança, mas também na redução da pobreza, na melhoria do sistema de saúde, no desenvolvimento e na assistência humanitária, na promoção da boa governança e dos direitos civis”, porque “tais são os pilares de um real desenvolvimento social”, concluiu.

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