O Papa Francisco expressou sua "firme condenação" ao atentado ocorrido no último dia 11 de dezembro, no mercado natalino em Estrasburgo (França), onde um sujeito gritou "Alá é grande" e deixou dois mortos, uma pessoa com morte cerebral e 13 feridos, entre eles, cinco estão em estado grave.

"Com tristeza e preocupação Sua Santidade Papa Francisco soube do ataque que ocorreu em 11 de dezembro no mercado natalino em Estrasburgo, que provocou várias vítimas. O Papa Francisco expressa novamente a sua firme condenação contra esses atos" e expressa "a sua compaixão especialmente às famílias afetadas e a todos aqueles afetados por este ataque, assegurando-lhes as suas orações", afirma a mensagem enviada na quarta-feira, 12.

O texto, enviado pelo Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, afirma que, "enquanto confia os falecidos à misericórdia de Deus, o Santo Padre" também agradece aos profissionais e voluntários "que cuidam dos feridos".

“Em sinal de consolação, imploro as bênçãos divinas sobre as vítimas, sobre as pessoas que as assistem e sobre todo o povo francês”.

Na última terça-feira à noite, um sujeito identificado pelas autoridades como Chérif Chekatt, de 29 anos, disparou nas pessoas que frequentavam o mercado natalino.

Segundo informações da imprensa, após o ataque, Chekatt trocou tiros com quatro militares antiterroristas, que o feriram em um braço. Entretanto, conseguiu fugir e acreditam que ele poderia ter saído da França.

"O terrorismo atingiu novamente o nosso território, recordando-nos de modo dramático que a ameaça ainda é muito real", disse o promotor antiterrorista, Rémi Heitz, em uma coletiva de imprensa em Estrasburgo.

Ao ficar sabendo do tiroteio na terça-feira, o presidente da França, Emmanuel Macron, cancelou a reunião que tinha com um grupo de parlamentares para acompanhar a situação.

Por sua parte, o Parlamento Europeu, que está realizando nesta semana sua sessão plenária em Estrasburgo, fechou a sua sede por motivos de segurança.

"O Parlamento Europeu foi fechado e ninguém pode sair até uma nova ordem. Os deputados europeus e os funcionários receberam e-mails e SMS, indicando que deverão permanecer seguros dentro do edifício", assinalou em sua conta no Twitter.

Desde o atentado cometido pelo grupo terrorista Estado Islâmico em 14 de julho de 2016, em Nice, durante o feriado nacional, os mercados natalinos franceses estão cercados por barreiras que impedem a entrada de veículos, além de controles policiais.

A França permanece em alerta depois de sofrer uma série de ataques cometidos ou inspirados pelo grupo terrorista Estado Islâmico em 2015 e 2016, que provocaram a morte de mais de 200 pessoas.

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