O Papa Francisco já está em Bagdá, capital do Iraque, para iniciar sua primeira viagem apostólica internacional desde o início da pandemia de coronavírus Covid-19.

O avião que levou o Papa, junto com a comitiva papal e com jornalistas, decolou em 5 de março às 3h40 (hora de Brasília) do Aeroporto Fiumicino da capital italiana, e aterrizou às 7h57 (hora de Brasília) no aeroporto internacional de Bagdá.

O voo da companhia aérea Alitalia durou 4 horas e 45 minutos e percorreu 2.947 quilômetros. No caminho, o avião sobrevoou Grécia, Chipre, Israel e Jordânia.

Como os demais integrantes da comitiva, o Santo Padre desceu do avião usando máscara, seguindo as medidas para evitar o contágio da Covid-19. Foi recebido pela guarda oficial e por um grupo de pessoas vestidas com roupas tradicionais, que cantaram algumas palavras em espanhol como "Viva el Papa" (Viva o Papa, em português) e "Bienvenido" (Bem-vindo, em português).

Após as saudações protocolares, o vice-primeiro-ministro do Iraque, Mustafa Abdellatif Mshatat, acompanhou o Santo Padre à sala VIP do aeroporto para um encontro privado.

Ao finalizar, o Pontífice irá ao Palácio Presidencial em Bagdá, onde fará uma visita ao Presidente da República do Iraque, Barham Ahmed Salih Qassim e terá um encontro com autoridades, sociedade civil e corpo diplomático.

Em seguida, o Papa terá um encontro com os bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, seminaristas e catequistas na catedral siro-católica de “Nossa Senhora da Salvação”, em Bagdá.

O Santo Padre permanecerá no país do Oriente Médio até 8 de março, onde fará uma visita à capital, Bagdá; à pátria de Abraão, Ur; às s cidades "mártires" de Qaraqosh e Mosul, marcadas pela violência do Estado Islâmico; e à capital do Curdistão iraquiano, Erbil.

A visita do Papa Francisco é um acontecimento importante, pois ele é o primeiro Papa a chegar ao Iraque, onde a comunidade cristã foi atingida pela perseguição, discriminação e martírio.

De acordo com dados divulgados pela Sala de Imprensa do Vaticano, no período entre 2003 e 2015, foram assassinados 1.200 cristãos e 62 igrejas foram danificadas ou destruídas pela ofensiva do Estado Islâmico.

Atualmente, o país tem uma população de 38 milhões de 836 mil habitantes, a maioria muçulmanos (sunitas e xiitas). Os cristãos representam uma minoria, articulados nas comunidades caldeias, siríacas, armênias, latinas, melquitas, ortodoxas e protestantes. Os católicos são 590 mil fiéis, segundo dados do Escritório Central de Estatística da Igreja.

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