O papa Francisco recebeu o arcebispo de Poznan, dom Stanisław Gądecki, presidente da Conferência Episcopal Polonesa, para falar sobre os efeitos da guerra na Ucrânia e como a Igreja na Polônia está respondendo ao conflito acolhendo milhares de refugiados.

Como o encontro foi privado, a Santa Sé não informou sobre o conteúdo da audiência privada que durou 45 minutos.

No entanto, a Conferência Episcopal Polonesa falou sobre alguns dos temas discutidos, entre eles as ações da Igreja local em relação à guerra em seu país vizinho, a Ucrânia; como por exemplo o cuidado aos numerosos refugiados através da Cáritas, "das comunidades de religiosos e religiosas, padres e seminaristas". A conferência dos bispos destacou também o compromisso e a enorme mobilização das paróquias polonesas.

Além disso, dom Gądecki agradeceu ao mundo inteiro pela recente consagração ao Imaculado Coração de Maria da Ucrânia e Rússia.

Gadecki também falou ao papa sobre os "esforços para intensificar as atividades conjuntas de cristãos de diferentes confissões em favor de uma paz justa" e informou que o patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, viajará hoje a Varsóvia para um encontro.

Segundo a Conferência Episcopal da Polônia, Francisco "agradeceu por todas as ações empreendidas pela Igreja na Polônia e garantiu seu apoio espiritual", pediu aos sacerdotes e seminaristas "que permaneçam próximos da fé do povo de Deus" e deu sua bênção apostólica.

Chamado à paz

O papa Francisco já pediu várias vezes pelo fim da guerra. No final da oração do Ângelus de domingo, 27 de março, o papa destacou que “como todas as guerras, representa uma derrota para todos, para todos nós. Há necessidade de repudiar a guerra, lugar de morte onde os pais e as mães enterram os filhos”.

O papa disse que numa guerra como esta, "os poderosos decidem e os pobres morrem", e acrescentou que "a guerra não só devasta o presente, mas também o futuro de uma sociedade".

“A guerra não pode ser algo inevitável: não nos devemos habituar a ela! Ao contrário, devemos converter a indignação de hoje no compromisso de amanhã. Pois, se sairmos desta vicissitude como antes, seremos de certa forma todos culpados”, alertou o papa.

Desta forma, Francisco renovou seu apelo pela paz e disse: “Basta, paremos, que se calem as armas, trabalhemos seriamente pela paz!”.

“Rezemos novamente, sem nos cansarmos, à Rainha da Paz, a quem consagramos a humanidade, especialmente a Rússia e a Ucrânia, com grande e intensa participação, pela qual agradeço a todos vós.”, convidou o papa antes de rezar uma Ave Maria junto com os milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro.

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