Apenas cinco dias depois de abrir a Porta Santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano, e do início do Jubileu da Misericórdia, o Papa Francisco abriu a Porta Santa da Basílica de São João de Latrão, Catedral de Roma, sua diocese. Este gesto está unido ao das dioceses no mundo inteiro que viram como se abriam suas Portas Santas para o Ano Jubilar.

Depois da abertura, Francisco presidiu uma solene Missa em que recordou que este é o chamado domingo “Gaudete”, ou seja, domingo da alegria, e afirmou que devemos nos alegrar sempre e não estar tristes.

Ao comentar as leituras da liturgia, o Santo Padre assinalou que “o motivo da alegria é expresso com palavras que infundem esperança e permitem olhar para o futuro com serenidade”.

“O Senhor revogou toda condenação e decidiu viver no meio de nós”, explicou.

Na proximidade do Natal “não podemos deixar-nos tomar pelo cansaço e pela tristeza, embora tenhamos motivos para isso devido a muitas preocupações e por causa das múltiplas formas de violência que ferem esta nossa humanidade”.

“A vinda do Senhor, deve encher o nosso coração de alegria”, destacou.

Em seguida, o Papa assinalou que, “em um contexto histórico de grandes arbitrariedades e violências cometidas, sobretudo, por homens de poder, Deus anuncia que Ele mesmo reinará sobre seu povo, que não mais o deixará à mercê da arrogância de seus governantes e que o libertará de toda angústia”.

Por isso, “devemos nos alegrar sempre e, com a nossa afabilidade, dar a todos testemunho da proximidade e do cuidado que Deus tem por cada pessoa”.

A respeito da Porta Santa, o Santo Padre disse que “também este simples sinal é um convite à alegria. Inicia o tempo do grande perdão. É o Jubileu da Misericórdia. É o momento para redescobrir a presença de Deus e a sua ternura de Pai. Deus não ama a rigidez. Ele é Pai, é terno. Faz tudo com a ternura de Pai”.

Mas, “diante da Porta Santa que somos chamados a atravessar, nos é pedido para sermos instrumentos de misericórdia, conscientes de que seremos julgados sobre isso”.

“Quem foi batizado sabe ter uma obrigação maior. A fé em Cristo provoca um caminho que dura para toda a vida: o de ser misericordiosos como o Pai”.

Portanto, “a alegria de atravessar a Porta da Misericórdia é acompanhada do compromisso de acolher e testemunhar um amor que vai além da justiça, um amor que não conhece fim”, concluiu Francisco.

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