Organizações de pais de família se manifestarão no dia 13 de julho a partir das 16h (hora local) nas principais ruas do Panamá, para evitar a doutrinação sexual proposta pelo projeto de lei 61 e as guias de educação sexual preparadas pelo Ministério de Educação.

Entre as organizações que participam deste evento estão a Federação Nacional de Pais de Família de Colégios Oficiais da República do Panamá, a Aliança Panamenha pela Vida e pela Família, a Aliança Evangélica do Panamá. O ponto de encontro será na igreja do Carmo, de onde sairão até a Praça 5 de Maio.

O projeto de lei 61 é promovido por Crispiano Adames, deputado do Partido Revolucionário Democrático (PRD) do Panamá, e entre seus artigos compreende o “direito à saúde sexual e reprodutiva”, termo através do qual os promotores do aborto costumam ocultar esta prática.

A proposta legislativa de Adames inclui além disso, o “direito à educação integral em sexualidade”, que usa a terminologia usada pela International Planned Parenthood Federation, matriz da multinacional abortista Planned Parenthood Federation of America, acusada de traficar órgãos e tecidos dos bebês abortados em suas instalações.

De outro lado, o ministério de Educação do Panamá estaria trabalhando em cinco guias de educação sexual, elaboradas junto com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), com conteúdo semelhante ao proposto no projeto de lei 61.

Tatiana Álvarez, integrante da Aliança Panamenha pela Vida e pela Família, advertiu que o projeto de lei 61 “obrigaria os colégios particulares de ideários religiosos”, como é o caso das escolas católicas, “a dar este modelo de educação integral em sexualidade”.

De acordo à IPPF, na qual é inspirado o projeto do deputado Adames, seu enfoque de “educação integral em sexualidade” tem “uma ênfase na expressão sexual, na prática sexual e no prazer”.

Para Álvarez, o que promove o parlamentar panamenho atenta “contra a pátria potestade e contra o direito dos pais de escolher o tipo de educação”.

Através da manifestação do dia 13 de julho, explicou, os pais de família reclamam “o direito de que não nos imponha nada” e o direito de “escolher o tipo de educação que queremos para os nossos filhos”.

“Não queremos esse projeto de lei, nem queremos essas guias”, assinalou Álvarez e precisou que os pais exijam que “todo o material que chegar nas mãos de nossos filhos em temas de sexualidade, queremos vê-lo primeiro e poder ter a liberdade de objetar em consciência”.

Esta marcha, assinalou, pretende advertir os políticos que “não se excedam”.

“O que nos une neste momento é a inocência das nossas crianças”, assegurou.

A Igreja se pronuncia

Em um comunicado publicado no final do mês de junho, o Arcebispo do Panamá, Dom José Domingo Ulloa Mendieta, assegurou que “a Igreja diz sim a uma educação na sexualidade, afetividade e em valores”, ao tempo que “se opõe firmemente a um sistema de informação sexual, separada dos princípios morais”.

O Prelado indicou ainda que “os pais têm o direito e o dever inalienável de educar os seus filhos e quem colabore nesta tarefa deve fazê-lo sempre sob sua direção solícita, tanto em casa como nos centros educativos”.

Em uma mensagem difundida no último dia 5 de julho, a Conferência Episcopal Panamenha recordou que o Papa Francisco, em sua encíclica Amoris Laetitia, disse que a educação sexual somente pode entender-se “no contexto de uma educação para o amor, para a doação mútua”.

Os bispos panamenhos exortaram também as autoridades e pais de família “a procurar caminhos de diálogo e respeito para obter entre todos um futuro melhor para a infância e a juventude panamenha”.

A plataforma defensora da família CitizenGO fez um abaixo assinado, dirigido, entre outros, ao presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, e ao deputado Crispiano Adames, para que freiem o projeto de lei 61 e as guias de educação sexual. Para assinar, acesse: http://citizengo.org/es/35584-noalaley61

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