Padre Juliano Osvaldo de Camargo, da diocese de Votuporanga (SP), foi demitido do estado clerical. Camargo era investigado por pornografia envolvendo um menor de idade, em Valentim Gentil (SP), e desde 2018 estava afastado das atividades da Igreja.

Em um comunicado divulgado ontem (24), o bispo de Votuporanga, dom Moacir Aparecido de Freitas, afirmou que o papa Francisco emitiu no dia 31 de março “sua decisão pela demissão do estado clerical do Revmo. Juliano Osvaldo de Camargo”, o qual foi “devidamente notificado” em 19 de maio. Com esta decisão, Camargo “fica dispensado das obrigações sacerdotais, exceto a dispensa do celibato sacerdotal, e perde todos os direitos que decorrem da ordenação sacerdotal”. A nota não expõe o motivo da demissão.

Juliano de Camargo foi acusado de ter recebido, em 2016, fotografias com cenas pornográficas e mantido conversas de cunho sexual com um adolescente de 16 anos. O ex-padre também teria dado dinheiro a rapaz.

O ex-padre passou por um processo interno na Igreja. Após concluído, o processo foi enviado à Santa Sé e levou à demissão do estado clerical. Ao site ‘Diário da Região’, dom Moacir de Freitas afirmou que o caso “vem sendo analisado, com 100% do direito de defesa. Então, não é uma ação feita de maneira repentina”.

Um processo judicial culminou na condenação de Camargo em primeira instância à pena de dois anos e oito meses de reclusão em regime inicial aberto, além do pagamento de multa. O ex-padre recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que acatou parcialmente o recurso e reduziu a pena para um ano e seis meses em regime aberto e pagamento de multa.

Segundo a defesa de Juliano de Camargo, os diálogos entre o ex-padre e o adolescente foram obtidos sem autorização judicial. Além disso, afirmou que ele teria recebido as fotos por rede social, contra sua vontade e que excluiu o material prontamente. Alegou ainda que o dinheiro dado ao adolescente seria para ajudá-lo, pois ele passava por dificuldade financeira.

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