O padre Eduardo Hayen Cuarón, diretor da revista “Presencia”, da diocese de Ciudad Juárez, no México, compartilhou uma mensagem de esperança para todos aqueles casais que, por qualquer motivo, não podem ter filhos. “Há casais que não podem ter filhos. O importante é que tenham intimidade e estejam abertos ao que Deus quiser, colocando o fruto da intimidade em suas mãos divinas”, tuitou o sacerdote em 22 de agosto. “Se Deus não enviar os filhos, Ele fará com que o amor desse casal seja fecundo de outras maneiras”, afirmou.

O número 2378 do Catecismo da Igreja Católica diz que “o filho não é uma dívida, é uma dádiva”, que “não pode ser considerado como objeto de propriedade” e deve ser “respeitado como pessoa desde o momento da sua concepção”.

Sobre a esterilidade, o Catecismo afirma no número 2379 que “não é um mal absoluto. Os esposos que, depois de esgotados os recursos médicos legítimos, sofrem de infertilidade, associar-se-ão à cruz do Senhor, fonte de toda a fecundidade espiritual. Podem mostrar a sua generosidade adotando crianças abandonadas ou realizando serviços significativos em favor do próximo”.

Em maio de 2019, o papa Francisco falou aos funcionários do Hospital dos Inocentes de Florença, na Itália, e refletiu sobre a importância de criar uma cultura da adoção a favor das crianças órfãs e abandonadas, que não seja afetada pela burocracia nem pela corrupção. “Muitas vezes há pessoas que querem adotar crianças, mas há uma burocracia muito grande, quando não a corrupção. Mas me ajudem nisto: semear consciência de que temos a outra metade da medalha desse menino”, disse então o papa. A medalha a que ele se referia era a que costumavam entregar às mães que deixavam os seus filhos naquele hospital. Uma metade ficava com elas e a outra com as crianças.

O papa Francisco também disse que há “muitas, muitas famílias que não têm filhos e certamente teriam o desejo de ter um com a adoção: seguir adiante, criar uma cultura de adoção porque as crianças abandonadas, sozinhas, vítimas da guerra, etc., são tantas”.

“Que as pessoas aprendam a olhar para essa metade e digam: ´Eu também tenho outra`. Peço-lhes que trabalhem nisto”, alentou.

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